Rio descarta ajuda federal após declaração de greve
O comando da Polícia Militar e dos Bombeiros do Rio de Janeiro afirmou nesta sexta-feira que a segurança da população está garantida e que não houve aumento de violência nas primeiras horas após a paralisação anunciada por policiais, bombeiros e agentes penitenciários do Estado na noite passada.
O policiamento em algumas vias da cidade do Rio pela manhã diminuiu em relação ao dia anterior, de acordo com testemunhas ouvidas pela Reuters que seguiam seu trajeto usual de casa para o trabalho. De acordo com a PM, no entanto, a adesão à greve foi restrita e a corporação está trabalhando normalmente.
Em Copacabana, o bairro com a maior concentração de hotéis da cidade, e com expectativa de lotação no Carnaval este mês, cabines da Polícia Militar operavam normalmente e havia viaturas nas ruas. O movimento de pessoas também estava normal.
Segundo o coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação da PM, um plano de contingência acertado entre o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o governo federal e as Forças Armadas, que prevê a disponibilização de 14 mil homens do Exército e 300 da Força Nacional de Segurança a partir desta sexta, não precisará ser acionado.
“Existe um plano de contingência que foi uma solicitação do governador. Havia uma previsão de emprego em caso de greve, mas não será necessário diante da atual situação de normalidade nos nossos batalhões”, disse ele à Reuters. “Tivemos uma madrugada e um início de manhã muito tranquilos.”
“Houve um certo movimento (grevista) em algumas unidades, mais no interior do Estado, mas nossa resposta foi dura”, acrescentou o coronel, citando os batalhões de Volta Redonda, no sul fluminense, e de São Cristóvão, na zona norte da capital, como os únicos com maior adesão à paralisação. “Quem cruzar os braços, quem se recusar a ir para a rua, vai ser responsabilizado por desobediência.”
Outras cidades do interior do Estado também receberam reforço de homens do Batalhão de Choque e do Bope para lidar com a greve, e cerca de dez policiais em greve foram detidos, segundo a PM.
Fonte: Reuters Brasil