Mercado de SegurosNotícias

Pai diz que aluno da USP está desaparecido

O pai do estudante de história da USP (Universidade de São Paulo) Carlos Henrique Leite Silva afirmou na rede social Facebook que o filho está desaparecido desde a manhã desta terça-feira (8). De acordo com Heitor Cláudio L. Silva, o jovem, que é um dos diretores da UNE (União Nacional dos Estudantes), esteve em uma manifestação na frente da reitoria antes de desaparecer. A UNE, porém, ainda não confirma que haja alguma relação entre o sumiço do aluno e a ação da Polícia Militar, que cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse no prédio administrativo da universidade.
Em mensagens registradas em sua rede social na internet, Heitor Cláudio Silva diz que não tem nenhuma notícia do jovem há mais de 24 horas. Ele se reuniu, na manhã desta quarta-feira (9), com o deputado estadual Adriano Diogo para decidir o que faria em relação ao desaparecimento. Segundo a mensagem ele, em seguida, prestaria queixa à Polícia Civil.
A Une afirmou também que está muito empenhada no caso e que já prestou solidariedade à família do diretor, mas que está cautelosa em relacionar o sumiço com a ação da PM. De acordo com assessoria do órgão, o jovem pode ter sumido dias antes desta terça-feira, já que não houve relatos de quem tenha visto Carlos Henrique Leite Silva durante a desocupação da reitoria.
O pai, que é professor de história em escolas estaduais da capital, faz um apelo aos usuários da rede social: “O que mais desejo nesse momento é ver o sorriso de meu filho!Torçam por ele! Torçam por mim!”.
Até as 13h, o 97º Distrito Policial, onde Heitor Cláudio Silva afirmou que registraria a ocorrência, ainda não havia recebido a queixa.
Por volta das 5h20 desta terça, a Polícia Militar, em cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse, começou a retirar os estudantes do prédio. No total, 73 pessoas foram detidas, a maior parte por se recusar a sair do imóvel. O acampamento era uma forma de protesto contra a presença da PM na universidade. Duas viaturas foram apedrejadas no início da reintegração de posse. Cerca de 400 homens da polícia participaram da ação.
Em uma votação acirrada, realizada em assembleia na noite desta terça-feira (8), os estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) decidiram entrar em greve. O grupo é contra a presença da Polícia Militar na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. Cerca de mil pessoas participaram da reunião. A votação teve de ser repetida mais de cinco vezes devido à dificuldade para contabilizar a proposta vencedora. Aos gritos de “fora PM”, os universitários que decidiram pela greve venceram os que queriam que a paralisação fosse definida em uma nova assembleia. A greve começa nesta quarta-feira (9), mas a FEA (Faculdade de Economia e Administração) avisou que não vai aderir.

Fonte: R7 Notícias

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?