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Crise é chance para baixar juro

A crise econômica internacional que afeta mais fortemente Estados Unidos, Europa e Japão “pode ser uma oportunidade para mudar intensamente a política monetária brasileira, a começar por uma “redução sensível” da taxa básica de juros (Selic)”. A afirmação é do coordenador de Finanças Públicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Claudio Hamilton, em comunicado divulgado pelo instituto. 
Segundo Hamilton, o Brasil tem mais condições para enfrentar a crise mundial do que a maioria dos países, mas precisa redirecionar a economia nacional para “além das rendas financeiras”, para impulsionar a produção. As informações são da Agência Brasil. 
Hamilton avalia que o país não pode permitir a erosão das reservas, de US$ 352,375 bilhões, nem a recessão, que traria desemprego e corte de aumentos reais dos salários. 
Com a intensificação da crise, o economista enfatiza que aumenta a necessidade de ações mais fortes para estimular a competitividade da indústria brasileira, prejudicada pela valorização cambial, que deixa os produtos importados mais baratos do que os nacionais. 
O coordenador de Finanças Públicas do Ipea avalia ainda que, com as contas públicas sob controle e os grandes bancos funcionando em bases sólidas, sem interrupção dos canais de crédito, a economia tem condições de enfrentar os efeitos da nova fase da crise melhor do que em 2008. 
Ele prevê a queda da Selic baseado em dois fatores: a sinalização, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em sua última ata, de que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao fim; e o recrudescimento da crise nos países desenvolvidos, o que reduz o ritmo de crescimento da atividade produtiva lá fora e a pressão da inflação no país. 
Hamilton destaca, ainda, que China, Índia e o Brasil “parecem estar fora do cenário de crise” e os mercados futuros já indicam queda dos juros.

Fonte: Monitor Mercantil

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