MPX obtém licença prévia para mais 1.859 MW em projeto termelétrico
A MPX, empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, recebeu Licença Prévia para adicionar 1.859 MW de capacidade em projetos termelétricos no complexo de geração de energia MPX Parnaíba, em Santo Antônio dos Lopes, no interior do Maranhão. A licença foi emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão (Sema). Segundo a companhia, com o documento, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento, a MPX duplica a potência do complexo da Bacia do Parnaíba, totalizando 3.722 MW licenciados de geração a gás natural. A empresa detém 70% do negócio e a Petra, 30%. O complexo integrado de energia, que já possui Licença de Instalação para 1.863 MW, será construído em área próxima à produção de gás natural. A MPX, OGX e Petra têm sete blocos no Maranhão com recursos riscados estimados de 11,3 trilhões de pés cúbicos (TCF). Além da proximidade com o combustível, a usina aproveitará a vantagem logística da transmissão da energia elétrica, que será feita a partir do seccionamento da linha que passa sobre o terreno das usinas. Em junho, a MPX firmou um Termo de Compromisso com a Bertin para a aquisição de dois projetos termelétricos, com capacidade total de 660 MW. A transação aguarda autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para as adequações necessárias à transferência dos projetos para o complexo MPX Parnaíba. Os projetos comercializaram 450 MW médios no Leilão A-5 de 2008, por um período de 15 anos, a partir de janeiro de 2013. Também no Maranhão, em São Luís, a MPX constrói uma usina termelétrica de 360 MW a carvão mineral, prevista para entrar em operação até o final do ano. O empreendimento, que gera cerca de 3,5 mil empregos, comercializou 315 MW médios no Leilão A-5 de 2007, por um período de 15 anos, a partir de janeiro de 2012. Nova descoberta da OGX – A OGX anunciou ainda nesta terça-feira que descobriu indícios de gás em mais um poço na bacia do Parnaíba, região onde atua em parceria com a MPX. A nova descoberta ocorreu no bloco PN-T-68, no poço 3OGX46DMA em terra. MMX contrata Itaú BBA e West LB para expansão da unidade Serra Azul A MMX, empresa de mineração do grupo EBX, contratou os bancos Banco Itaú BBA e West LB como assessores financeiros para a estruturação dos financiamentos na modalidade project finance para a expansão da unidade Serra Azul (MG). O contrato prevê assessoria para estruturação dos financiamentos no montante total de US$ 1,8 bilhão, que serão captados junto a bancos de desenvolvimento e outros agentes financeiros de fomento nacionais e internacionais, agências de crédito para exportação e bancos. A estrutura de capital alvo da expansão da unidade Serra Azul prevê uma relação divida/capital próprio de 75%/25%. Atualmente, a companhia já tem em caixa o capital próprio necessário para a execução da expansão, firmou a empresa em comunicado. O investimento para a unidade Serra Azul será de R$ 4 bilhões, líquido de impostos. De acordo com a MMX, este montante, que representa um aumento de 14% em relação a estimativa divulgada em dezembro de 2010, contempla perspectiva de novos aumentos de capacidade e reflete atualização de preços de máquinas, equipamentos e serviços e ajustes realizados na conclusão do projeto de engenharia basca. Na avaliação de Roger Downey, presidente e diretor de Relações com Investidores da MMX, a parceria atesta que a companhia está preparada e possui os alicerces necessários para executar um empreendimento desta magnitude. – A contratação dos Assessores Financeiros preenche mais um importante pré-requisito para execução da expansão de Serra Azul – primeiro passo rumo a 46 milhões de toneladas de minério de ferro por ano – enfatiza Downey. A expansão contempla a construção de nova planta de beneficamente com capacidade para 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, terminal ferroviário e 10 quilômetros de correia transportadora para transporte do insumo da mina ao terminal ferroviário. O minério de ferro produzido na unidade de Serra Azul será exportado para o mercado transoceânico pelo Superporto Sudeste, mais novo ativo da MMX, que está em construção no município de Itaguaí (RJ). O Superporto Sudeste terá capacidade de 50 milhões de toneladas por ano na primeira fase e a companhia possui projeto para atingir 100 milhões de toneladas na sua segunda fase.
Fonte: Monitor Mercantil