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Dilma diz que rubricou, não assinou, programa errado de governo

A candidata pelo PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira que rubricou mas não assinou o programa de governo protocolado no TSE com pontos polêmicos, como a taxação de grandes fortunas e o combate ao monopólio da comunicação.
Dilma reiterou que não leu o documento e que pensava em se tratar de um programa de governo atualizado e não de um plano de governo construído durante o Congresso do PT no mês de fevereiro.
“Eu não assinei documento nenhum…eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa (feito em junho). Não achei que era o programa de fevereiro. Achei que iam botar o que nós tínhamos acertado em junho. Foi um erro”, disse ela em entrevista à Rádio Tupi.
De acordo com Dilma, em junho a coordenação de campanha fez mudanças e correções necessárias em cima do programa aprovado pelo PT em seu Congresso Nacional no mês de fevereiro, uma vez que não haveria tempo hábil para construir um novo programa mais elaborado com todos os partidos aliados do PT nessas eleições.
Dilma se defendeu do equívoco atacando indiretamente seu principal adversário, o tucano José Serra. “Só aqueles que erram sistematicamente e fingem que não erram acham que não se erra”, disse Dilma sem citar exemplos.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também adotou o mesmo discurso para explicar o erro. “O Serra não tem nem programa de governo. Mandou para o TSE um programa com seus discursos, e agora vem falar da gente”, disse ele à Reuters.
Durante a entrevista, Dilma também atacou o adversário ao criticar a proposta tucana de se colocar dois professores nas salas de aula do país. Segundo a ex-ministra, é preferível aumentar o salário do professor do que optar por um professor e um estagiário dentro da sala de aula.
A candidata do PT à Presidência afirmou que, se eleita, pretende desonerar a folha salarial das grandes empresas empregadoras do Brasil. Segundo ela, no médio prazo, essa desoneração poderia ampliar o número de empregos. No curto prazo, segundo Dilma, a perda de arrecadação poderia ser compensada pelo Tesouro.
“O Tesouro ia repor essa diferença no curto prazo, mas, no médio prazo, vai ter ampliação da base de pessoas empregadas”, disse ela.
Na entrevista de mais de uma hora, Dilma defendeu ainda o aumento de salário para policiais como forma de combater a violência e criminalidade do país. “Tem que aumentar. Só vai se combater o crime se você pagar bem”, declarou ela, que se mostrou favorável à criação do piso nacional para as polícias do país.

Fonte: O Globo

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