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Famílias gastam mais com saúde do que o governo

As famílias continuam gastando mais do que a administração pública nas despesas com saúde, de acordo com estudo divulgado ontem pelo IBGE. De todo o consumo no setor, elas pagam R$ 128,9 bilhões (57,4%) enquanto a esfera pública contribui com cerca de R$ 93,4 bilhões (41,6%).
Do total aplicado pelas famílias, R$ 69 bilhões foram com serviços e R$ 45 bilhões com medicamentos. Os dados estão na Conta Satélite da Saúde, um raio X feito com base na decomposição das contas nacionais. Em 2008, o instituto divulgou pela primeira vez um trabalho sobre a economia na saúde – um embrião para a Conta Satélite e que já apontava tal tendência.
O estudo também mostrou que os gastos totais com saúde corresponderam a 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2007 – 0,2 ponto porcentual a mais do que em 2005. O aumento foi puxado pelo crescimento do gasto público, que subiu 32,6% entre 2005 e 2007.
“O ministério gasta 3,6% do PIB no SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados internacionais mostram que os países com sistema universal investem pelo menos 6,5%. Com a perda da CPMF, temos de aprovar a regulamentação da emenda 29 para financiar a saúde”, defende a coordenadora-geral de programas em Economia da Saúde do ministério, Fabíola Vieira. A emenda definirá quanto União, Estados e municípios deverão investir.
O setor cresceu 4,4% em 2007, menos do que o restante da economia (5,8%) – em 2006, os porcentuais haviam sido, respectivamente, 4,3% e 3,7%. Ainda assim, registrou aumento significativo do número de postos de trabalho e geração de renda.
Dentre as atividades de saúde, o segmento que tem maior participação no mercado é a saúde pública, que corresponde a 34,8% do total. Esse porcentual inclui também a produção dos hospitais universitários e militares, que ficaram de fora do primeiro estudo. Em seguida, com 19,7%, vem outras atividades relacionadas à saúde e o comércio de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos (12,8%).
Em 2005 e 2007 as famílias consumiram o equivalente a 4,8% do PIB com saúde.

Fonte: JORNAL DA TARDE

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