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I Workshop de Microsseguros reúne mercado nesta semana no Rio de Janeiro

UM PROVÁVEL desenho do microsseguro no País estará sendo esquadrinhado nesta semana, quando representantes da Comissão Consultiva de Microsseguros, presidida pelo titular da Susep, Armando Vergílio, e composta por representantes do mercado segurador (CNSeg, Fenacor e Escola Nacional de Seguros) e da área econômica do governo (Ministérios da Fazenda e Previdência Social, BC) estarão reunidos para fazer um balanço do trabalho produzido pelo grupo. O encontro de dois dias (10 e 11) ocorrerá na sede do Rio de Janeiro do Ministério da Fazenda e está com as inscrições abertas. Os interessados podem confirmar a participação no “I Workshop de Microsseguros”, enviando a mensagem com a frase “confirmo minha presença” para o e-mail parcerias@funenseg.org.br.Regina Lidia Giordano Simões, coordenadora do Grupo de Trabalho do Microsseguro, fórum que reúne todas as vozes do mercado segurador, faz um balanço extremamente positivo da Comissão Consultiva de Microsseguros, pouco mais de um ano de sua criação. “Desde a sua instituição, a Comissão Consultiva de Microsseguros se reuniu inúmeras vezes para deliberar sobre suas estratégias de atuação, definir conceitos, aprovar temas para pesquisas e promover debates sobre assuntos de interesse comum, tornando-se um grande fórum sobre o tema, já que, ao longo desse período, foi agregando mais e mais partes interessadas no processo de implementação de uma estrutura regulatória adequada ao desenvolvimento dos microsseguros no País. Creio que o trabalho conjunto vem possibilitando o aumento da consciência das autoridades responsáveis pela definição das políticas do setor, permitindo a obtenção do alinhamento de idéias, além de facilitar o diálogo, especialmente sobre as questões fiscais, sociais e operacionais “, destaca ela.Ela explica que os resultados dos trabalhos realizados no âmbito de atuação da comissão serão apresentados no workshop da próxima semana e inicialmente se refletem na definição conceitual de “microsseguros” acordada por seus membros. Segundo ela, embora com características de proteção social, já que seu público alvo é a população de baixa renda, trata-se de um serviço financeiro que deve ser fornecido por seguradoras com autorização específica para operar no segmento. As empresas, explica, devem receber um tratamento diferenciado, por meio de regulação específica, desde que obedecendo a critérios prudenciais,de governança e compliance. Nesse sentido, acrescenta, “é necessário estabelecer a diferenciação entre produtos de microsseguros e seguros tradicionais, por meio de parâmetros objetivos, que funcionem como elemento de proteção do segurado, ao mesmo tempo em que permitem a inovação, de maneira que o desenho do produto atenda às necessidades específicas da população de baixa-renda.Também está entre as sugestões da comissão a criação de duas novas figuras no processo de comercialização de produtos: o “corretor de microsseguros”, com capacitação mínima, porém suficiente à adequada orientação ao consumidor de microsseguros; e, ainda, o “correspondente de microsseguros”, inspirado na experiência positiva do Banco Central com os correspondentes bancários, que facilitará a regulação das relações estabelecidas entre consumidor, seguradores e canais de distribuição. Em relação às coberturas do microsseguro, ela ressalta que as pesquisas realizadas dão sinais de potenciais ramos de negócios no Brasil, mas a comissão não se concentrou em definir garantias, mas sim em estabelecer uma estrutura regulatória adequada ao desenvolvimento do segmento, permitindo a inovação e a criação de produtos que atendam às expectativas da população de baixa renda.

Fonte: CQCS

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