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Empresas de bancos detêm 55% do ramo vida no Brasil

Pesquisa mundial da consultoria Everis mostra que a participação dos bancos no mercado de seguros de vida e previdência é de 55% no Brasil, atualmente. Na América Latina, o segundo colocado é a Colômbia, com 15% do mercado, e, nos Estados Unidos, o segmento representa apenas 2%. O estudo, que apresenta uma análise detalhada do setor em diferentes países e regiões do mundo, destaca que, apesar de apresentar número elevado no Brasil, as instituições financeiras são ainda mais expressivas na área de seguros de países da Europa, como Portugal, com 76%; Espanha, com 65%; França, com 64%; e Itália, com 63%.
O mercado segurador brasileiro tem um alto potencial de crescimento, já que hoje representa apenas 2,77% do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar disso, o País acumula 38% do segmento na América Latina e, junto com Porto Rico, México e Venezuela, responde por 75% da região, afirma o sócio responsável pela área de Seguros e Saúde Suplementar da Everis Brasil, Rafael Garrido.
BAIXA RENDA. Para ele, as seguradoras de bancos têm algumas vantagens, como custo de administração de 16% do valor do prêmio contra 19% das demais seguradoras. Ele diz que as áreas de seguros dos bancos ganharam grande importância quando adquiriram um alto volume de clientes de baixa renda nos últimos anos. Mas apesar disso, segundo ele, os bancos ainda precisam de uma boa estratégia para alcançar os diferentes segmentos de clientes e fornecer produtos específicos para satisfazer a suas necessidades. Em sua opinião, o mercado está crescendo muito e os bancos se beneficiam, mas podem crescer ainda mais incrementando seu market share até chegar aos níveis europeus.
No Brasil, ele revela que os clientes de bancos que possuem seguros nas próprias instituições ultrapassam os 10% em apenas um caso, não revelado, e, no restante, não passam de 5%. Em países mais desenvolvidos, ele diz que aproximadamente 15% da base de clientes do banco podem também ser clientes de seguros padronizados, como o de vida ou aqueles ligados a empréstimos. Essa porcentagem poderia atingir 40%, se a oferta de outros produtos fosse adequada aos perfis de clientes dos bancos, acredita Rafael Garrido.
Na avaliação da consultoria multinacional Everis, o desenvolvimento das áreas de seguros dos bancos foi baseado nos produtos de vida e Previdência Social, mas, para que o modelo possa sobreviver e crescer neste mercado, os bancos terão de ampliar o portifólio, com seguros de automóveis, saúde e outros.

Fonte: Jornal do Commercio

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