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Mercado brasileiro (seguros) segue nos planos de gigantes do setor

Em meio a análises e apostas sobre como a atividade de seguro e resseguro de Londres e do mundo todo vai atravessar a crise financeira internacional, a Gazeta Mercantil apurou que o Brasil está nos planos de gigantes do setor. No encerramento do Insurance Day Summit London ontem, na capital inglesa, Hans-Peter Ger-hardt, presidente da Paris Re, e Anil Sant, diretor da filial londrina da General Insurance Corporation of India (GIC Re), disseram que vão abrir escritórios no País. A estratégia dessas companhias, que já estão cadastradas em território nacional como resseguradoras eventuais, é mudar de categoria para alcançar maior preferência nos negócios no mercado aberto brasileiro, seja como empresa local ou admitida.
O indiano Anil Sant, da GIC Re, informou que o objetivo da companhia é partir para o mercado local, que conta hoje com apenas cinco empresas (IRB-Brasil Re, Jmalucelli Re, Mapfre Re do Brasil e XL Capital), de cerca de 60 formalmente autorizadas a disputar prêmios de resseguro. “A ideia é passar para admitido ainda este ano e continuar sentindo o mercado para saltar para local em 2010”, revelou com exclusividade. A GIG Re é antiga parceira do IRB e hoje tem ampla participação em retrocessões de riscos da Petrobras, vários deles contemplam as coberturas operacionais da estatal com a seguradora Itaú XL. “É um grande risco, que gera um prêmio de seguro de cerca de US$ 30 milhões”, conta Sant. A resseguradora da Índia acumula mais de US$ 2 bilhões em prêmios por ano.
No painel de discussões “Analisando o futuro do mercado segurador”, Gerhardt disse que veio ao Rio de Janeiro no ano passado, quando a Paris obteve autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), e acredita que o mercado brasileiro ajudará nos planos de expansão da empresa, que fechou 2008 com faturamento de US$ 1,403 bilhão. “É preciso olhar para os mercados emergentes e ampliar novos negócios se quisermos crescer no ambiente atual. Estamos estudando abrir um escritório no Brasil, é uma decisão que está na ordem do dia”, disse o executivo.
Ele não deixou claro se a Paris Re vai solicitar cadastramento para atuar como local ou admitida. Nesses casos, a empresas têm preferência na realização de negócios no mercado aberto, mas precisam realizar investimentos, como abertura de uma sede oficial e cumprir exigências capital depositado no País. Já as resseguradoras eventuais podem realizar negócios a partir de seus países de origem e não seguem a regulação brasileira.
Outra atividade que marcou o segundo dia do Insurance Day Summit London foi a palestra do presidente do Catlin Group, maior seguradora e subscritora de riscos do Lloyds of London. “O maior desafio para este ano será repor as baixas que teremos com retorno dos investimentos, que é um elemento crucial da nossa indústria. Apenas no segmento de riscos patrimoniais, 15% da nossa lucratividade vem das receitas financeiras. A resposta para esse problema será aceitar riscos com mais qualidade.” Segundo o executivo, a participação das operações financeiras nos lucros das quatro maiores empresas do Lloyds (Catlin, Amlin, Beazley, Brit e Hiscox) passou de 96% em 2005 para -23% no ano passado.

Fonte: Gazeta Mercantil

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