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Cisco avalia projetos para ampliar presença no Brasil

A fabricante de equipamentos de rede Cisco Systems prepara-se para dar início a uma nova fase de suas operações no Brasil, país onde cresceu 48% no ano passado, a maior taxa de crescimento da companhia em todo o mundo.
Nos próximos dois meses, a Cisco Brasil deve concluir a formação de um comitê executivo, um time que será integrado por profissionais locais e internacionais da companhia e que ficará responsável por implantar um plano estratégico para o país. Em termos práticos, o comitê vai elaborar um calendário de projetos, o qual incluirá estudos sobre a possibilidade de montar um laboratório de desenvolvimento de sistemas no país, ou ainda a possibilidade de ter fabricação local de equipamentos. Atualmente, a Cisco Brasil conta com cerca de 400 funcionários. A venda de seus produtos, no entanto, é feita exclusivamente por meio de revendas especializadas, e todo equipamento é importado.
A criação de um comitê para pensar nos negócios da subsidiária é consequência do espaço que o país passou a ter na agenda internacional da companhia, diz Rodrigo Abreu, presidente da Cisco no Brasil. No ano passado, o país passou a figurar entre as 28 áreas consideradas prioritárias pela Cisco. A lista inclui tanto países como México, Índia e China, como áreas de negócios, a exemplo das tecnologias de vídeo e de comunicação unificada.
Ao ganhar maior relevância internacional, diz Abreu, a Cisco Brasil faz a sua lição de casa para entrar na rota de investimentos da companhia do Vale do Silício, que recentemente decidiu centrar fogo nos países em desenvolvimento.
Na semana passada, John Chambers, executivo-chefe da Cisco, esteve no México para anunciar investimentos de US$ 5 bilhões no país. Acompanhado do presidente mexicano Felipe Calderon, Chambers disse que a cifra será aplicada ao longo dos próximos cinco anos. Poucos dias antes, Chambers havia apertado as mãos do presidente sul-coreano Lee Myung Bak, ao informar que a companhia investirá US$ 2 bilhões no país. Também de passagem pela China, o executivo destacou que a injeção de US$ 16 bilhões no país até 2012 segue conforme planejado. Com ambição de ampliar sua presença no mercado asiático, a Cisco também reservou US$ 1 bilhão para a Índia. “Todos esses países já passaram por essa fase que estamos iniciando no Brasil”, diz Abreu. “O México, por exemplo, ganhou um comitê de executivos há cerca de oito meses; na Índia e na China isso ocorreu em 2007.”
Recursos para investir não faltam. Na semana passada, John Chambers afirmou que a companhia está mais do que saudável e que usará seu caixa, que hoje atinge US$ 34 bilhões, para fazer novos investimentos e aquisições de empresas. Neste ano, a Cisco já comprou a Tidal Software e a Pure Digital Technologies, voltada para sistemas de vídeo.
“O Brasil não tem crise estrutural, o mercado interno continua a crescer e nosso sistema financeiro é forte”, afirma Rodrigo Abreu. “Temos tudo para fazer com que nossa subsidiária ganhe mais relevância nos próximos três anos

Fonte: Valor

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