ANS estuda criar novo tipo de plano
A ANS defende o novo modelo de capitalização, que dependerá de mudança na legislação, como resposta a uma diminuição do ingresso de pessoas jovens nos planos, causado pelo aumento dos custos dos produtos nos últimos anos, após a criação de limites aos aumentos por faixa etária. Houve distribuição dos custos dos mais velhos, que mais utilizam os serviços, entre todas as faixas, gerando preços mais altos e afastando os usuários mais jovens. Com isso, há mais idosos nos planos de saúde do que na população em geral.
Segundo Solange Mendes, diretora executiva da Fenasaúde, entidade que reúne seguradoras e empresas de medicina de grupo, o setor inicialmente é favorável à proposta da agência, mas aguarda mais detalhes. Ela destaca que nos últimos anos o setor de planos de saúde não tem crescido na mesma velocidade do que a população.
Para as entidades de defesa dos consumidores, há a preocupação de que as discussões resultem na autorização de “planinhos”, produtos que custam pouco, mas não cobrem quase nada quando o usuário precisa.”Já existiam produtos assim antes da lei do setor. É um engodo. É atrair os pobres para um fundo sem fundo”, afirma Renê Patriota, da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde.
Fonte: O Estado de São Paulo