Novo sinistro de US$ 414 mi trava negociações de resseguro da CSN
O acordo para o pagamento desse sinistro foi fechado em novembro de 2008. No final de dezembro, chegou-se ao acordo para fechar o programa de seguro de 2008/2009 com a Mapfre. Mas o acordo não evoluiu, porque um outro sinistro foi comunicado em meio às negociações. Segundo o Valor apurou, o IRB decidiu suspender as negociações depois que a resseguradora líder do contrato no exterior, a Berkshire Hathaway, questionou a cobertura desse novo sinistro. O IRB também preferiu avaliar melhor.
Em 2006, quando tinha apólice com seguradora do Unibanco, a CSN, para modernizar seu parque industrial, comprou um sistema de transporte de correias da empresa finlandesa Metso. Essas correiras levam, nos portos, o aço para os navios. Em fevereiro do ano passado, quando a apólice era da SulAmérica, as correias começaram a operar, mas com o passar dos meses, as borrachas apresentaram um desgaste “bastante acelerado” e “prematuro”, segundo declarações da CSN na época, causando prejuízos às exportações da empresa.
A CSN resolveu contratar o Coppetec, da Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para avaliar o problema. Os pesquisadores chegaram a conclusão de que o defeito era um erro de projeto do equipamento. No incêndio do alto forno, também se chegou à conclusão de que o sinistro foi causado por erro de fabricação.
No dia 5 de fevereiro, houve uma reunião de vários resseguradores internacionais e locais no Rio para discutir o assunto. O Valor apurou que o mercado externo estaria disposto a fazer o resseguro desde que a CSN não reclamasse esse novo sinistro. Sem um acordo entre IRB e CSN, a Mapfre fica impossibilitada de emitir a apólice. Com isso, a CSN segue sem seguro.
Fonte: Valor