Aumenta o uso do seguro-fiança
As pessoas não querem depender de favores alheios. Esta é a explicação de Roseli Hernandes, gerente de locação e vendas da Lello Imóveis, para a grande procura pela modalidade de garantia conhecida como seguro-fiança, em São Paulo. Em 2008, essa modalidade representou 26,09% dos novos contratos de locação firmados entre inquilinos e moradores, contra 15,56% em 2006 e 17,37% em 2007. Ao mesmo tempo, caiu em quase 10% a utilização de fiadores. “Estamos surpresos. Não imaginávamos que as pessoas deixariam de lado a figura do fiador”, revela Roseli.
A surpresa faz sentido. Firmar acordos com fiador não onera o inquilino, já o seguro-fiança custa, em média, o valor de um aluguel por ano. “A maior parte dos interessados tem amigos ou parentes que atendem as exigências. Mas não querem viver de favor.”
A Lello faz a triagem dos interessados, e assim eles não perdem tempo. “Se a gente detectar que o perfil do interessado não é compatível com seguro-fiança, já recomendamos que ele procure um fiador”, diz Roseli. A imobiliária também auxilia os locatários a administrar a burocracia de datas e valores. “Assim, o proprietário pode ficar tranquilo, não vai levar susto no fim do mês.” Roseli compara o seguro-fiança a um seguro de carro. A modalidade precisa ser renovada anualmente e a avaliação de renda do interessado é o primeiro passo. Caso ele deixe de pagar o aluguel, a seguradora se responsabiliza pela dívida.
Ao contrário do que era esperado com a crise financeira, aumentou a procura por imóveis comerciais e residenciais tanto para locação quanto para a compra, revela Roseli.
Fonte: Gazeta Mercantil