Califórnia contrata pool liderado pela Aon para melhorar condições de seguro contra terrem
O temor da ocorrência do lendário terremoto chamado de “Big One” na Califórnia faz com que seguradoras e resseguradores tenham sérias restrições para emitir apólices de seguros numa das mais importantes regiões dos Estados Unidos. Para tentar melhorar a situação dos californianos, que são alvos de 15 mil abalos sísmicos por ano, a comissão do governo criada para cuidar de terremotos (California Earthquake Authority Governing Board) contratou nesta semana um pool de corretoras de resseguros,liderado pela Aon Benfield, com Willis e Guy Carpenter, para encontrar as melhores soluções para os moradores da Califórnia poderem comprar seguros com preços e coberturas melhores do que existe hoje.
Trata-se de uma situação curiosa. Os dois últimos grandes tremores de terra na Califórnia aconteceram exatamente há 150 anos (El Tejon, 1857) e 101 anos (São Francisco, 1906), com grau 8 na escala Richter. No entanto, os peritos acreditam que a cada 150 anos acontecem sérios tremores, em razão de uma falha em San Andréas, que atravessa todo o estado. Ou seja, as cidades de São Francisco, São Diego e Los Angeles estão sempre à espera do “Big One”. Ninguém sabe quando ele ocorrerá. Mas todos os especialistas são unânimes em afirmar que ele vai acontecer nos próximos 30 anos.
Apesar de as construções respeitarem normas rígidas para agüentarem abalos sísmicos, as seguradoras temem grandes prejuízos, caso o “Big One” aconteça, principalmente em Los Angeles, com mais de 18 milhões de habitantes. Segundo pesquisas realizadas pela Risk Management Solutions, se o “El Tejon” acontecesse hoje, a perda seria de 10% do PIB da Califórnia. Algo próximo de US$ 150 bilhões em perdas econômicas. Perdas seguradas totalizariam um valor menor, em razão das restrições impostas atualmente pela indústria de resseguros.
O objetivo do governo ao contratar o pool é que ele acesse diversos mercados de resseguros do mundo e tenha um volume maior de apólices para subscrever. Consequentemente, acredita o governo, as coberturas serão melhores, assim como os preços.
Fonte: Fenaseg