Seguradoras britânicas constatam aumento da sinistralidade
A Association of British Insurers (ABI), a Fenaseg britânica, informou que as seguradoras de crédito do Reino Unido estão registrando incremento de 59% nas indenizações, em razão da dificuldade de fornecedores pagarem as empresas detentoras de apólices que oferecem proteção contra a inadimplência. As indenizações no terceiro trimestre deste ano aumentaram para 1997 milhões de libras esterlinas. No mesmo período do ano passado, o volume chegou a 61 milhões de libras esterlinas.
Segundo a ABI, cerca de 6,8 mil redes deixaram de receber de seus fornecedores, 34% acima do mesmo período do ano anterior. Em 2007, o volume de companhias contratando seguro de crédito cresceu 10%. Neste terceiro trimestre do ano, a alta foi de 40%, a maior desde 2004. “Este é um sinal positivo de que pequenas e médias empresas estão preocupadas e percebendo a importância do seguro de crédito para seus negócios.”, disse Nick Starling, diretor geral da ABI, em comunicado divulgado pela entidade.
Mas não é só no Reino Unido que os pedidos de indenização e as vendas do seguro de crédito crescem nas três seguradoras que controlam 80% do mercado mundial, Euler Hermes, Atradius e Coface. No Brasil, a procura por seguro de crédito tem crescido também. Segundo Fernando Blanco, presidente da Coface, duas redes de varejo com faturamento em torno de R$ 500 milhões apresentaram dificuldades.
Também as concessionárias de veículos estão com o sinal amarelo aceso. Isso fez com que o limite de indenização caísse de 80% do crédito dos fornecedores para algo próximo de 50%, em média, dependendo do histórico de cada empresa. Segundo o executivo, o custo do seguro já subiu cerca de 10%, assim como a demanda pelo produto para proteger a empresa contra o risco de inadimplência dos fornecedores.
Nos Estados Unidos, as seguradoras suspenderam a cobertura de fornecedores das montadoras General Motors e Ford, segundo divulgou recentemente o jornal inglês Financial Times.
Fonte: Fenaseg
