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Brasil vai frear em 2009, mas menos que o resto do mundo, diz Meirelles

A economia brasileira vai desaquecer no próximo ano, mas de uma maneira menos grave do que em outros países, que já estão enfrentando a recessão, disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. “O Brasil vai ter uma desaceleração no crescimento no ano que vem no crédito e, em consequência, na atividade geral, mas em ritmo menor que muitos países”, afirmou.
Para o presidente do BC, apesar do impacto da crise internacional, o crescimento econômico do país em 2009 ficará acima da média mundial, prevista em cerca de 2%.
Meirelles defendeu que o Brasil precisa realizar a reforma tributária apesar da crise global. “Não podemos permitir que a crise atrase muito a discussão da reforma tributária”, afirmou em discurso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo Meirelles, além da reforma tributária, o país tem outras duas frentes de trabalho: a facilitação do ambiente de negócios e o aumento dos investimentos em infra-estrutura.
Meirelles reiterou que o govenro continua tomando as medidas necessárias para conter os efeitos da crise no país.
Sobre os recentes encontros do G20, o presidente do BC avaliou que eles mostraram que o grupo ganhou nova importância.
“Há uma sinalização de que o G20 está se tornando talvez o mais importante órgão para discutir essas questões (financeiras globais), e suprir uma parte do G7, tendendo a ocupar no longo prazo esse lugar porque os emergentes ocupam uma parcela maior da economia (global)”, afirmou.
Mercado de câmbio
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio somaram US$ 46 bilhões de meados de setembro até a última sexta-feira, informou nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para quem o Brasil precisa realizar a reforma tributária apesar da crise global.
Meirelles reafirmou que o objetivo das atuações do BC é fornecer liquidez ao mercado e disse que os negócios com Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) estão melhorando.
“A função do BC não é tentar controlar a taxa de câmbio, é prover liquidez em um momento de distorção de preços”, disse Meireles sobre as operações. “O mercado de ACC está apresentando uma recuperação gradual.”
Ele informou que foram usados US$ 30 bilhões em contratos de swap cambial, US$ 6,1 bilhões em vendas à vista (com impacto nas reservas internacionais do país), US$ 4,1 bilhões em leilões destinados a exportadores e US$ 5,8 bilhões.

Fonte: UOL Economia

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