Falta de treinamento preocupa especialistas
Informações escassas e falta de treinamento são os dois principais gargalos que ainda emperram a transição do mercado brasileiro para um modelo aberto nas operações de resseguro. A diretora da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), Maria Elena Bidino, por exemplo, vê com preocupação a escassez de informações ao longo do processo de negociação com resseguradores estrangeiros: No mercado aberto, quanto mais informações houver, maior será a chance de a negociação com os resseguradores resultar em melhora de preços e de coberturas, afirmou.
A especialista destacou que no mundo inteiro é recomendável começar a renegociar um contrato de resseguro com bastante antecedência. No Brasil, diante das dificuldades naturalmente enfrentadas neste momento de transição, essa exigência torna-se ainda mais latente, adverte a executiva. É uma atitude que pode trazer benefícios tanto para o segurado quanto para os corretores, disse Maria Elena Bidino,que falou sobre o assunto no 13º Congresso dos Corretores de Seguros (Conec), realizado em São Paulo, no final da semana passada.
PREPARO. Ela revelou que ainda faltam pequenos ajustes na regulação do resseguro. Sua preocupação maior, contudo, é com a necessidade de se treinar os profissionais que atuam nesse segmento. Com o monopólio pouco se investiu em treinamento nos últimos anos, argumentou.
Presente no Conec, o diretor de resseguro da Marítima, Cláudio Saba, também vê uma necessidade de treinamento que abrange seguradoras e corretoras,. Há muitos competidores e cada um deles tem um tipo de produto, preços e coberturas diferenciadas. Seguradoras e corretores precisam estar tecnicamente preparados para melhor identificar os produtos que se encaixam nas necessidades de seus clientes, observou.
Fonte: Jornal do Commercio