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Grupo Intermédica prepara venda de fatia minoritária

Fundada em 1968 e comandada nesses 40 anos pelo médico Paulo Sérgio Barbanti, a Intermédica está profissionalizando a gestão e promovendo uma reestruturação no grupo. Dentro de seis meses, Barbanti passará a presidência da sua empresa para Aloísio Wolff, ex-presidente da empresa de tecnologia Orbitall, e que hoje divide o cargo principal do grupo NotreDame Intermédica com o fundador.
Atualmente com 68 anos, Barbanti presidirá a partir do próximo ano o Conselho Consultivo da empresa, criado no ano passado e composto por famosos executivos do mercado como Andréa Calaby, Fernando Portella, Herbert Steinberg e Luis Natel. Ainda dentro do projeto de sucessão está prevista a venda de uma participação minoritária, de até 49% do capital da Intermédica para um fundo de investimento estrangeiro. “O controle acionário continuará comigo. Não vou vender para concorrentes nacionais e ainda não há uma data definida para isso”, disse Paulo Barbanti, que prefere não entrar em detalhes sobre valores.
Com um total de 3 milhões de beneficiários, entre planos de saúde e odontológico, a Intermédica gera grande interesse do mercado por agregar uma série de atrativos. Entre eles, estão a forte presença em São Paulo, o crescimento anual médio de 18% no faturamento, ampla rede própria e, principalmente, o fato de ser uma empresa sem endividamento. “Nunca trabalhei com recursos de terceiros. Não tenho dívidas”, diz Barbanti, um empresário de estilo discreto e avesso a entrevistas à imprensa. Segundo o balanço financeiro, o lucro líquido do plano de saúde Intermédica, principal negócio do grupo, aumentou de R$ 14,3 milhões em 2006 para R$ 37,3 milhões no ano passado.
Para este ano, a previsão é que todo o grupo registre faturamento de R$ 1,5 bilhão. O Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve ficar em R$ 110 milhões, praticamente o mesmo do ano passado. “Estamos reinvestindo em gestão e unidades próprias”, afirma.
Nos últimos quatro anos, a empresa vem aplicando no negócio em média R$ 60 milhões por ano. Atualmente, o patrimônio da Intermédica inclui 90 centros cirúrgicos, sete hospitais, quatro maternidades e oito pronto-socorros, além de uma rede com 5,6 mil credenciados no país.
A meta de Barbanti é chegar em 2012 com uma carteira de 5 milhões de vidas. “Estabelecemos essa meta em dezembro de 2007. Já temos 3 milhões e acho que vamos até ultrapassar os 5 milhões”, explica. Da carteira total do grupo, 1,7 milhão de vidas são provenientes do plano de saúde Intermédica; 127 mil, da seguradora NotreDame; 942 mil beneficiários são do plano odontológico Interodonto; e 261 mil vidas, da empresa de saúde ocupacional RH Vida, adquirida há um ano pela Intermédica e que monitora a saúde dos trabalhadores de clientes corporativos.
A RH Vida é justamente uma das grandes apostas do atual presidente da Intermédica, por estar em um segmento ainda pouco explorado pelos planos de saúde. Porém, a menina dos olhos de Barbanti é a medicina preventiva – em voga atualmente entre as operadoras e laboratórios. “Em 1982, começamos a atuar com medidas de prevenção. Hoje, monitoramos cerca de 58 mil pacientes crônicos. Por isso, conseguimos oferecer planos com custo 20% menor do que a concorrência”, diz, orgulhoso, o médico. , cujo custo varia de R$ 50 a R$ 60.

Fonte: Valor

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