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Governo irá garantir crédito a investimento, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou ontem que, se necessário, o governo tomará medidas para garantir a continuidade na concessão de crédito para investimentos, exportação e agricultura. Segundo ele, já está havendo uma escassez de crédito internacional para as empresas do País, mas não o crédito local, destinado ao consumo. “Se sentirmos essa escassez se prolongar, podemos tomar algumas medidas no sentido de estimular o crédito para investimento. Não para consumo, porque não está faltando”, afirmou o ministro.
Boa parte desses recursos, a princípio, viria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A estratégia de “blindagem” do País à crise internacional com o fortalecimento dos investimentos foi acertada em reunião realizada na última terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Mantega, Lula está preocupado com os efeitos da crise sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira. A idéia teria sustentação devido ao aporte de R$ 15 bilhões que o Tesouro Nacional fará no banco de fomento. O próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse recentemente que esses recursos não seriam usados integralmente em 2008. Segundo o executivo, uma parte dos recursos – não especificada por ele – seria usada para compor o funding da instituição em 2009. Nas conversas da equipe econômica, porém, em caso de urgência, o uso do dinheiro pode ser adiantado.
Além disso, o banco estaria negociando um reforço de caixa de mais R$ 7 bilhões do Fundo de Investimentos (FI) de infra-estrutura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Esse conjunto de ações será, na visão do governo, o suficiente para o passar os próximos meses blindado contra a atual crise financeira. Segundo a assessoria de imprensa do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o clima é de tranqüilidade e de confiança no banco.
De acordo com o banco de fomento, os recursos serão suficientes para que o BNDES atravesse os próximos meses sem ser afetado pela turbulência e para que continue a dar suporte ao crescimento do País. O presidente Lula assinou, no último dia 29 de agosto, medida provisória autorizando a injeção de R$ 15 bilhões em recursos do Tesouro no BNDES, para que o banco possa atender à demanda por financiamentos. A última estimativa de desembolsos para 2008 apontava para o montante de R$ 84 bilhões.
Nem todas as capitalizações feitas pelo Tesouro Nacional para o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no entanto, podem ser suficientes para cobrir o crescimento da demanda interna por crédito, especialmente no que diz respeito ao próximo ano. Para atender o volume de crédito este ano, o Tesouro teve que capitalizar o BNDES em R$ 30 bilhões, em três operações que começaram no final de 2007. As capitalizações atendem a proposta do governo de transformar o BNDES no estruturador do desenvolvimento. Em pouco mais de dois meses, foram criadas três linhas de atuação subordinadas à recém-criada Superintendência da Área de Estruturação de Projetos.
Uma das vertentes do BNDES atuará por meio do Fundo de Estruturação de Projetos. Com recursos próprios, o banco incentivará o desenvolvimento de obras estratégicas. A produção técnica do estudo será feita por consultorias contratadas por licitação.

Fonte: DCI OnLine

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