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Novo recorde de fusões e aquisições

O total de fusões e aquisições no Brasil chegou a US$ 62,3 bilhões em 2008 até agosto, um recorde anual histórico, segundo a Thomson Reuters Markets. Na soma do ano passado, haviam sido anunciadas transações de US$ 59 bilhões. Apesar de o valor das operações ter crescido US$ 5,2 bilhões no mês passado, o Credit Suisse manteve liderança no ranking de assessores. Esteve à frente de US$ 37,505 bilhões em transações, abocanhando 60,2% do mercado. O suíço também é o líder em número de transações: 27.
“O mercado está quente, com muita consolidação, e queremos levar nossa posição de liderança até o final do ano”, afirma José Olympio Pereira, responsável pelo banco de investimento do Credit Suisse. Ele diz que o banco assessorou a Arapar na venda de 28% de participação na Aracruz Celulose para a Votorantim Celulose e Papel (VCP), por R$ 2,71 bilhões. A Arapar é uma holding composta pela família Lorentzen, pelo grupo Moreira Sales, pela família Almeida Braga (do banco Icatu) e pelo Gávea Fund, de Armínio Fraga. “Conseguimos um preço 100% acima do valor de mercado para nossos clientes”, diz Pereira.
O Credit Suisse também esteve à frente, assessorando a Munich Re, na operação de compra da seguradora Minas Brasil do Banco Mercantil do Brasil. “Estamos ajudando a Munich Re a entrar no mercado brasileiro”, afirma Pereira. Outra transação de destaque foi a cisão da MMX na LLX e na nova MMX, que foi contabilizada no ranking deste mês. A criação da Iron X adquirida pela Anglo American já havia sido contada no ranking de julho.
Os nove primeiros colocados no ranking de operações de fusões e aquisições anunciadas até agosto no Brasil mantiveram a mesma posição do ranking até julho. O Citi manteve a segunda posição e o Rothschild, a terceira. Na décima posição, a Estáter desbancou o HSBC. Nos oito primeiros meses do ano passado, o líder do mercado havia sido o Citigroup. No mundo, o Goldman Sachs é o primeiro colocado considerando-se as transações acumuladas de janeiro a agosto deste ano, seguido pelo Citi. No mesmo período de 2007, o líder das transações globais era o Morgan Stanley seguido pelo Goldman.
Já o mercado de emissões públicas de ações não teve sequer uma transação em agosto. Os US$ 617 milhões contabilizados no ranking do mês passado da Thomson Reuters se deveram ao exercício de lote adicional na emissão da Vale do Rio Doce, realizada em julho e que somou um total de US$ 11,45 bilhões. Dessa forma, o Itaú BBA manteve sua liderança nesse ranking acumulado até agosto, seguido pelo Credit Suisse na segunda posição e pelo JPMorgan na terceira.
No total, aconteceram um total de US$ 20,936 bilhões de emissões iniciais de ações e reabertura de operações de empresas já listadas (“follow-ons”) no acumulado de 2008 até o mês passado no Brasil, segundo os dados da Thomson Reuters Markets. É um valor ligeiramente menor (5,3%) do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em relação ao número de transações, o total caiu de 60 no acumulado até agosto do ano passado para 13 neste ano.

Fonte: Valor

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