BB quer ser grande player em seguros
O faturamento do Banco do Brasil na área de seguros de automóveis, no qual opera com a Brasilveículos, deve ultrapassar R$ 1 bilhão no fechamento do ano, o que representará um incremento em torno de 8% em relação a 2007. A projeção é do novo diretor de Seguridade do Banco do Brasil, Alexandre Correa Abreu. Evitando entrar em detalhes, ele comentou que o BB tem planos ambiciosos para o futuro, na área de seguros. Queremos ser, em breve, um dos grandes players desse mercado, disse.
Uma das medidas que visam a atingir essa meta é a nova estratégia de comercialização de seus produtos. A Brasilveículos, por exemplo, abrirá as suas portas para os corretores de seguros independentes, em projeto piloto que começará, provavelmente em outubro, por quatro capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
A empresa, atualmente, comercializa o seguro de automóvel através da BB Corretora de Seguros ou pela Internet, exclusivamente para clientes do Banco do Brasil, que tem 25 milhões de correntistas. Com o projeto piloto, os corretores independentes trabalharão diretamente com a corretora cativa do Banco do Brasil. O corretor de seguros vai agregar inteligência e qualidade às vendas realizadas pelo banco. Neste primeiro momento, serão comercializados seguros de automóveis, da Brasilveículos, com ênfase nos planos coletivos. As operações nas agências continuam, mas tendem a diminuir progressivamente. Temos uma enorme expectativa quanto ao resultado dessa parceria, destacou Alexandre Abreu.
Qualquer cidadão poderá, então, contratar um seguro do Banco do Brasil, através dos serviços prestados por um corretor, pessoa física ou jurídica, que serão previamente cadastrados. Este processo de credenciamento, bem como as operações com a BB Corretora de Seguros, será feito pela Internet, através de sistema desenvolvido com a ajuda da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). Segundo Alexandre Abreu, os critérios para a seleção dos corretores ainda serão definidos. Mas, não haverá presença física de corretores nas agências do Banco do Brasil. Ele lembrou que a BrasilSaúde já trabalha em parceria com corretores de seguros.
APOIO. Já o presidente da Fenacor, Roberto Barbosa, afirmou que essa parceria vem sendo esperada há mais de 20 anos. Ele revelou que a Fenacor vai ajudar nesse momento de transição com todas as informações que forem necessárias. Roberto Barbosa estimou que até o final de 2009 o processo com o Banco do Brasil esteja implementado em todo o Brasil.
Estão em atividade no Brasil, no momento, cerca de 45 mil corretores autônomos e 24 mil empresas de corretagem de seguros. Mais de 60% deles estão concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O fato de a carteira de veículos ser a eleita para o início das operações com o Banco do Brasil é enfatizado por Roberto Barbosa. Perto de 40% de toda a produção de seguros no Brasil estão na carteira de automóvel, que ainda é o carro-chefe do nosso mercado, disse o presidente da Fenacor.
Para ele, a decisão é estratégica porque o nicho explorado pelo Banco do Brasil até agora (os correntistas da instituição) dá sinais naturais de esgotamento. Há a necessidade de abrir novos canais e atrair novos clientes. E o corretor de seguros é o melhor canal para se conquistar essa meta, concluiu Roberto Barbosa.
SAÚDE. O desempenho da BB Seguro Saúde no primeiro semestre já reflete positivamente o projeto de parcerias com corretores independentes, iniciado em janeiro de 2007, eixo do novo modelo de negócios implantado de maneira inédita no conglomerado segurador do Banco do Brasil. De lá para cá, o número de segurados saltou de 75 mil para 122,5 mil vidas, sendo que a produção com apoio dos corretores já representa 40% do total dessa carteira. Este desempenho aproxima a seguradora da projeção de crescimento feita para 2009: alcançar 130 mil vidas seguradas. Além disso, o faturamento da seguradora chegou a agosto em R$ 103,3 milhões, crescimento de 21% em relação a igual período de 2007.
Fonte: Jornal do Commercio
