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Aliança do Brasil lucra R$ 137 milhões

A BB Seguros Aliança do Brasil, seguradora de vida e ramos elementares do Banco do Brasil, exibe hoje seu balanço financeiro auditado com incremento de 58,4% no lucro líquido do primeiro semestre, para R$ 137 milhões. O ganho tem forte impacto da venda de cinco imóveis, parte final do processo de desmobilização de ativos da seguradora, informa Luiz Carlos Felipe, que assumiu o comando da companhia em março deste ano, com a saída de Jayme Kalsing. Sem o efeito extraordinário, o lucro cresceu 8%, para R$ 94 milhões.
O faturamento cresceu 10,7%, para prêmios emitidos de R$ 735 milhões. O patrimônio líquido subiu quase R$ 70 milhões, para R$ 415,8 milhões no primeiro semestre de 2008. O índice combinado, que mede a eficiência de uma seguradora, registrou expressiva melhora, passando de 88,2% para 83,8%. “Temos trabalhado para melhorar a eficiência da companhia e já conseguimos um bom resultado”, comenta.
Ele afirmou que o segundo semestre é um período mais produtivo para a companhia, principalmente em razão do seguro rural, nicho onde tem a liderança de mercado. As verbas do governo para financiamento da safra são liberadas neste período do ano, o que estimula a venda de seguro rural. Também é no segundo semestre que há um grande volume de renovações de seguros de vida, o principal produto da companhia atualmente.
Este será um ano de grandes novidades para a Aliança, que acaba de passar por uma reestruturação acionária. O Banco do Brasil, através do BB Investimento, pagou R$ 670 milhões para adquirir a participação da Aliança da Bahia e ficar com a totalidade do controle acionário da Aliança do Brasil. No entanto, o BB tem um ano para vender esta participação, segundo determinação legal, por não poder ter o controle da empresa, assim como ocorre nas outras cinco seguradoras que tem participação: Brasilprev em parceria com a americana Principal; Brasilsaúde e Brasilveículos, tendo como sócia a SulAmérica, que também participa da Brasilcap com a Icatu Hartford.
A seguradora, que além de vida, empresarial e rural irá atuar com imobiliário, proteção financeira e garantia estendida, deverá ser disputada por grandes grupos internacionais, segundo analistas do setor. Entre as candidatas, que certamente farão parte da lista da consultoria que irá auxiliar na busca de um parceiro, estão Mapfre, sócia da Nossa Caixa Mapfre Vida e Previdência, que passa por due diligence diante de uma possível negociação do banco com o BB. Tem a Principal, que opera mundialmente com seguro de vida e na Brasilprev pode apenas atuar com previdência. Tem também a francesa CNP, sócia da Caixa Econômica Federal, com capital sobrando nas mãos dos acionistas. Além de seguradoras do mundo inteiro que buscam um canal de distribuição com a abrangência nacional do BB.

Fonte: Gazeta Mercantil

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