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Excelsior cresce com seguro habitacional

O crescimento do mercado imobiliário e da renda trouxe uma alavancagem da carteira de seguros habitacionais e imobiliários da Excelsior Seguros, a única seguradora com atuação nacional e sede em Pernambuco, listada entre as 50 maiores do País. O incremento da carteira, que tem hoje 1,1 milhão de associados, foi o principal responsável pelo aumento de 55% na receita da Excelsior no último semestre em relação ao mesmo período de 2007.
Com isso, o faturamento chegou a R$ 46,8 milhões entre janeiro e junho deste ano, aproximando a empresa da meta de atingir R$ 100 milhões até o final do ano e fechar 2008 com um lucro de R$ 7 milhões. Neste primeiro semestre, a sinistralidade média foi de 70% e a empresa teve um resultado líquido de R$ 3,6 milhões, 88% maior do que em 2007.
A empresa ocupa o segundo lugar no País no segmento de seguros habitacionais e imobiliários que vem sendo ampliado, também, em decorrência dos contratos firmados com companhias estatais de habitação. O Sudeste, segundo o presidente da Excelsior Seguros, Múcio Novaes, responde pela maior parte desses clientes, embora estejam presentes em todo o País. “No Sudeste estão os maiores volumes de financiamentos imobiliários, o que se reflete no maior número de negócios de seguro”, explica Novaes.
Fundada no Rio de Janeiro, em 1943, a Excelsior foi adquirida pelo empresário pernambucano Luciano Bivar em 1996. A decisão de investir numa empresa que já tinha uma marca consolidada, na época com 53 anos de atuação, trouxe para Pernambuco um nome forte para absorver a demanda deixada pela venda e fechamento de instituições financeiras locais e regionais, como os bancos pernambucanos Banorte, vendido ao Banco Bandeirantes junto com a Banorte Seguradora, e o Mercantil de Pernambuco, que sofreu intervenção federal.
A venda do Banco Econômico, controlado pela Aratu Seguros, da Bahia, para o novo dono, o Banco Excel, também desarrumou o cenário. “Chegamos no vácuo dessas alterações e percebemos que havia um espaço para ser organizado no Nordeste. Daí instalamos a nossa sede no Recife, contratando só mão-de-obra local, mas mantendo a equipe da sucursal da Excelsior no Rio de Janeiro”, lembra Novaes.
No auge da reestruturação da companhia, em 2002, a receita atingiu R$ 30 milhões, pouco mais do seu atual patrimônio de R$ 25 milhões. Hoje, além da sucursal carioca, a empresa mantém escritórios em São Paulo, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Belo Horizonte.
De acordo com o seu presidente, a Excelsior Seguros está numa situação privilegiada em relação às novas regras de solvência das seguradoras, criadas este ano. “Nossa empresa vem se capitalizando à medida que vai crescendo. Os problemas de capitalização estão sendo absorvidos pelos resultados expressivos e estaremos totalmente adaptados às regras de solvência até o fim do prazo determinado, em 2011”, assegura. Com “endividamento zero”, ele afirma que os investimentos são retirados das próprias operações. “O resultado é 100% reinvestido na empresa”, diz.
Controlado pelos cinco sócios da família Bivar, o grupo ainda possui a Excelsior Med que administra o Saúde Excelsior, um plano de saúde com 110 mil associados distribuídos em Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte e que, este ano, deve faturar entre R$ 115 milhões e R$ 120 milhões.

Fonte: Gazeta Mercantil

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