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Carteira de veículos retoma crescimento

O diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Neival Rodrigues Freitas, afirma que este será o ano de recuperação da carteira de automóvel, que andou de lado em 2007. Na avaliação do executivo, há sinais de que as vendas no ramo de veículos têm adquirido fôlego. , argumenta Neival Freitas, para quem o mercado segurador como um todo deve manter este ano o ritmo de crescimento do ano passado, quando deu salto de 17%.
Pela previsão do diretor da Fenseg, o seguro de automóvel deve fechar o ano captando receita próxima de R$ 15 bilhões. Os últimos números da Superintendência de Seguros Privados (Susep), até maio, mostram que a carteira movimentou prêmios da ordem de R$ 5,893 bilhões, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa de veículos. O crescimento do seguro ficou em 9,7% frente aos R$ 5,370 bilhões faturados nos cinco primeiros meses de 2007. No ano passado, com a queda de preços das apólices de carros, o ramo fechou com expansão nominal de apenas 4,1%, receita na casa de R$ 13,326 bilhões. A frota nacional segurada gira em torno de 10 milhões de veículos.
PREÇOS. O ajuste de preços, para baixo, devido à redução da sinistralidade, influenciou decisivamente o desempenho do seguro de automóvel ao longo do ano passado. A taxa de recuperação de carros roubados ou furtados aumentou bem, entre outros motivos, pela utilização de rastreadores. Isso se refletiu nos preços, que caíram, analisa Neival Freitas, acrescentando que a queda de preços dos produtos se estabilizou e, desde o início deste ano, as taxas de prêmios permaneceram invariáveis.
Ele aponta, contudo, alguns fatores que poderão ter impactos diretos e favoráveis no custo do seguro de automóveis, em um futuro próximo. Cita a Lei Seca, que vem reduzindo o número de acidentes. Esta realidade terá, conseqüentemente, segundo ele, reflexo na taxa de sinistralidade, que tende a cair, formando um cenário que favorecerá o consumidor. Em contrapartida, ele lembra que o recrudescimento da inflação pode causar aumento de preços das peças de reposição, situação que pressionar o custo do seguro para cima. Há, de fato, uma preocupação quanto a isso, revela Neival Freitas.
Outro fator que continuará tendo influência positiva sobre o comportamento da carteira de automóvel é o desempenho da indústria automobilística. Até julho, a produção de veículos aumentou 21,8% em relação a igual período de 2007. Em sete meses, as montadoras produziram a marca de dois milhões de unidades, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Já o numero de licenciamentos de veículos chegou a 1,7 milhão, 34,4% acima do verificado de janeiro e julho de 2007. O Brasil passou a ser, em julho, o sexto maior produtor mundial de veículos, ultrapassando a França nesse ranking, que é liderado pelo Japão, China e Estados Unidos.

Fonte: Escola Nacional de Seguros

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