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Inflação deve alcançar teto da meta e reduzir crescimento, prevê CNI

A alta dos preços dos alimentos deve levar a inflação oficial a chegar ao final do ano em 6,4%, próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%, segundo estimativas divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (9). Em março, a CNI projetava inflação em 4,7% no final do ano.
A entidade também projeta aceleração da inflação medida pelo IPCA até meados do segundo semestre, perdendo força em seguida.
No documento “Informe Conjuntural”, a CNI aponta que o movimento de alta será “liderado pela continuidade do aumento dos preços dos alimentos e pelo repasse do aumento de custos do atacado para o consumidor”. Nesse ponto, o informe destaca que a alta dos preços no atacado pode gerar inércia inflacionária por meio do repasse de preços no grupo serviços.
Com a inflação em aceleração, a CNI também revisou para cima a perspectiva para a taxa de juros no encerramento de 2008. O ritmo atual de elevação dos juros, prevê, deve ser mantido, de modo que a Selic atinja 14,25% no final do ano.
Redução no crescimento:
Com a inflação e a taxa de juros em alta, as previsões de crescimento para a economia brasileira em 2008 foram reduzidas para 4,7%, ante os 5% previstos em março. “Esse recuo na previsão acompanha as perspectivas de continuidade do aperto monetário ao longo do ano”, diz o informe.
Ainda assim, a CNI ressalta que os números da economia mostram forte trajetória de expansão devido à forças inerciais do crescimento, principalmente originadas da demanda doméstica. Para o segundo semestre, a perspectiva é de que o impacto da elevação dos juros sobre a atividade econômica se acentue.
Emprego:
Segundo a entidade, o mercado de trabalho ainda deverá mostrar bons resultados ao longo do ano. A CNI projeta uma taxa de desemprego de 6,7% em dezembro deste ano, acumulando uma média anual ao redor de 8%, ante previsão de 8,4% em março.
Todavia, a aceleração da inflação já mostra os efeitos de perda do poder de compra dos trabalhadores e “é possível que as negociações salariais de 2008 não sejam tão vantajosas quanto às de 2007”, diz o documento.

Fonte: O Globo

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