Otimismo na previdência privada
Já no primeiro bimestre de 2008, o mercado de previdência privada deu mostras de que este ano tem tudo para ser excepcional para o segmento: um recorde de R$ 4,9 bilhões em captação no período, o que representou um crescimento de 28,25% na comparação com os dois primeiros meses de 2007, quando foram captados R$ 3,8 bilhões.
No fechamento do primeiro quadrimestre, novo indicativo com a captação de R$ 9,8 bilhões, um crescimento de 23% em comparação aos R$ 8 bilhões movimentados entre janeiro e abril de 2007. As provisões, que são os recursos acumulados pelos participantes do sistema de previdência complementar, somaram R$ 127,2 bilhões em abril de 2008, uma alta de 23,39% em relação a abril de 2007, quando esse número havia totalizado R$ 103,1 bilhões. Os dados são da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade de classe que reúne 89 companhias que comercializam planos de previdência privada e apólices de vida no País.
Entre os tipos de produto de previdência privada, o destaque vai para os planos VGBL – indicados para quem não declara imposto de renda ou o faz pelo formulário simplificado – que registraram alta de 33,22% em captação no primeiro quadrimestre de 2008 em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 7,2 bilhões. Já os planos PGBL – indicados para quem declara imposto de renda – obtiveram um crescimento de 9,78% em contribuições.
No mercado, o que se vê são empresas otimistas e aumentando sua carteira de produtos nesse segmento de planos atrelados a fundos. É o caso da Porto Seguro Vida e Previdência, que decidiu lançar o Multimercado Renda Variável 25 (RV25) e o Multimercado Renda Variável 45 (RV45), disponíveis para os clientes dos produtos Previdência Individual e Previdência Infantil. O fundo Porto Seguro Multimercado 25 buscará manter no mínimo 20% e no máximo 30% do patrimônio em ações, com média de 25%. Já o fundo Porto Seguro Multimercado 45 poderá ter no mínimo 40% e no máximo 49% da carteira aplicados em ações, com uma média de 45%.
Já o Banco do Brasil, que opera no mercado de previdência privada por meio da BrasilPrev, ampliou suas opções no início do ano com os fundos de Ciclo de Vida. São compostos por renda fixa e ações e neles o cliente ajusta a relação risco e retorno do investimento de acordo com sua fase de vida. Lançados em 2007, eram voltados inicialmente para clientes pessoa física de alta renda. Fizeram tanto sucesso, obtendo um crescimento cinco vezes superior ao imaginado, que agora estão disponíveis para todos os clientes do banco, o que representa um potencial de 26 milhões de pessoas.
Fonte: Escola Nacional de Seguros