Lucro líquido das seguradoras cresce 23% no quadrimestre
As seguradoras fecharam o primeiro quadrimestre deste ano com alta de 23% no lucro líquido. O ganho de janeiro a abril foi de R$ 2,4 bilhões em seguros e previdência e de R$ 483 milhões com capitalização. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido subiu dois pontos percentuais, para 26%. O setor obteve receitas de R$ 26,7 bilhões, evolução de 16% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Seguro gerais é o maior segmento, com prêmios de R$ 10,3 bilhões. Previdência vem em segundo, com R$ 9,8 bilhões, sendo o VGBL responsável por R$ 7,2 bilhões. Seguro de vida e acidentes pessoais totalizou R$ 3,78 bilhões e títulos de capitalização R$ 2,7 bilhões.
As seguradoras ligadas a bancos foram responsáveis por 34% do lucro do setor e obtiveram a maior rentabilidade sobre o patrimônio, com 29% no quadrimestre. Boa parte do R$ 1,96 bilhão de ganho desse grupo veio do Bradesco, com R$ 991 milhões, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), consolidados pela consultoria Siscorp. As estrangeiras responderam por 13%, com R$ 290 milhões, e as seguradoras independentes com capital nacional participaram com R$ 162 milhões, ou seja, 11% restantes.
A maior alta na lucratividade veio da SulAmérica, que apresentou lucro líquido de R$ 173 milhões no primeiro quadrimestre deste ano, alta de 105% comparado ao período anterior. A maior baixa veio da Porto Seguro, onde prejuízos causados pelas chuvas no primeiro bimestre e a marcação a mercado de ativos reduziram o lucro da companhia em 49%, para R$ 69 milhões.
A venda de seguros patrimoniais e responsabilidade civil, divisão conhecida internacionalmente como “property & casualty” encerrou o quadrimestre com R$ 10,3 bilhões, alta de 12%. A Bradesco lidera o segmento, com R$ 3,6 bilhões, avanço de 17% no período. O Itaú é o segundo maior, com R$ 2,7 bilhões, seguido por Unibanco AIG com R$ 1,5 bilhão, Porto Seguro com R$ 1,3 bilhão e Banco do Brasil, com R$ 1,1 bilhão. O seguro rural registrou o maior crescimento dentro de ramos elementares. Os prêmios evoluíram 45%, para R$ 116 milhões, liderado pela BB Seguros Aliança do Brasil, com 20% do nicho. Segundo estimativas da Siscorp, este índice deverá se manter elevado, encerrando o ano em 40%. A maior carteira neste segmento é a de automóvel, com R$ 4,7 bilhões, evolução de 11%. A previsão é de encerrar o ano com alta de 6%, para R$ 14,3 bilhões. A Porto Seguro ainda lidera, com R$ 987 milhões, o que representa um market share de 21%.
O segmento de pessoas continua a ser estimulado pelo VGBL, um produto de acumulação de renda. De janeiro a abril ele acumulou prêmios de R$ 7,2 bilhões, alta de 33%. A Bradesco lidera com 37% da arrecadação total, seguida pelo Itaú, com R$ 1,7 bilhão, e pela Caixa, com R$ 649 milhões. Em capitalização, a Brasilcap se mantém com folga na liderança, com receitas de R$ 702 milhões, alta de 12% em relação ao período anterior. A Bradesco Capitalização vem em segundo, com R$ 510 milhões, alta de 9%.
Fonte: Gazeta Mercantil
