Brasil deve priorizar reforma tributária, diz diretora da S&P
O Brasil alcançou neste ano o patamar de grau de investimento. O título é concedido por agências de classificação de risco internacionais, que avaliam a capacidade do país de pagar suas dívidas interna e externa.
Para Regina, Nunes, presidente da agência de classificação de risco Standard & Poor´s no Brasil (a agência que elevou a nota do país), o Brasil vem mostrando “há alguns anos” que alcançou o nível de “investment grade”. O desafio, agora, é fazer com que o país continue crescendo – e uma das alternativas apontadas pela economista é a priorização da reforma tributária. “O simples ato de simplificar os impostos já seria bom para o país”, disse. Ela destacou também que o grau de investimento não é uma recomendação de compra e o que atrai investidores é o desenvolvimento de um mercado.
Em entrevista, Regina Nunes afirma que Grau de investimento significa ser menos vulnerável, então é preciso ser mais pragmático.
Nunca vai existir uma desvantagem em se obter o “grau de investimento”, porque você começa a ter acesso a um tipo de capital que tem maior prazo e menor custo. Segundo ponto positivo, no mercado de intermediação bancária. Os bancos internacionais que estão no Brasil fazem um número de reservas vinculado à vulnerabilidade aferida pela Standard & Poor´s. Ou seja, para cada real emprestado, eles precisam fazer um reserva menor.
O fato de ser grau de investimento, não ser vulnerável, não é uma recomendação de compra. O rating não diz qual é o melhor lugar para morar, nem se é uma democracia ou ditadura, se o país tem um mercado interessante. E aí tem o risco-país, que não é aquele medido pela JP Morgan, é o medido pela Standard & Poor´s também. E esse o Brasil já é grau de investimento desde 2005. Isso deve beneficiar o governo e o mercado, mas não deve influenciar o apetite do investidor.
Fonte: UOL Economia
