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Com vídeos, portal Terra planeja avançar na publicidade on-line

Em 2002, Paulo Castro, diretor geral do portal de internet Terra, tentou negociar com a Fifa os direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo. Não conseguiu. O motivo? “Não havia na Fifa nenhum modelo de licenciamento para a web”, explica o executivo. Desde então, as coisas têm mudado rapidamente. Castro conseguiu emplacar a transmissão dos gols e dos melhores momentos da Copa de 2006 e, agora, prepara-se para enviar uma equipe de 30 pessoas à China, para a cobertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Detalhe: todas as cotas de patrocínio estão vendidas desde novembro.
A disposição de investir no conteúdo multimídia, como vídeo e música, mostra o interesse da companhia em reforçar um modelo de negócio construído à imagem e semelhança da TV e do rádio: oferecer atrações de graça para aumentar a audiência e, dessa forma, conquistar a atenção do patrocinador. É a lei da publicidade: quanto maior a audiência, mais fartos os anúncios.
É essa regra que o Terra tenta imprimir aos negócios no Brasil: a companhia encerrou 2007 com uma receita bruta de R$ 767 milhões, o equivalente a um crescimento de 5,8% frente a 2006. A publicidade on-line deu o principal impulso ao resultado: apoiada em um aumento de 49% na audiência – o portal reúne, atualmente, cerca de 23 milhões de usuários únicos mensais – a receita publicitária cresceu 31%.
Castro planeja engordar ainda mais o público do portal. Desde janeiro, o Terra transmite de graça séries populares como “Lost”, “Desperate Housewives” e “Grey´s Anatomy”, além de filmes como “High School Musical 1” – uma mania entre os pré-adolescentes – e desenhos animados como “O Laboratório de Dexter” e “As Meninas Superpoderosas”.
“Para o usuário, a vantagem é que na internet ele assiste aos programas quando e quantas vezes quiser”, diz Castro. No caso de “Lost”, estão disponíveis a primeira e a segunda temporadas completas. Os episódios da terceira fase vão ao ar no mesmo dia em que são transmitidos pela Rede Globo.
A chegada das séries à internet mostra que, seguindo o caminho das gravadoras, os estúdios de cinema e emissoras de televisão estão se convencendo de que a web pode ser uma nova fonte de receita e não um canibal prestes a devorar seu negócio. Mas uma pergunta prevalece: vale a pena, para as empresas de internet, comprar os direitos de exibição de propriedades tão caras, considerando que seu público é bem menor que o da TV?
“Já existe, sim, massa crítica para a compra dos direitos desse tipo de conteúdo”, diz Castro. No ano passado, a internet reuniu cerca de 40 milhões de usuários no Brasil, afirma o executivo, baseado em números da pesquisa Global Internet Trends (Gnett), do instituto Ibope/NetRatings.
É mais do que a base de assinantes da TV paga, compara Castro. Segundo dados da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), divulgados em janeiro, o número de assinantes dos canais pagos no país chegou a 5,2 milhões no terceiro trimestre de 2007. “Calculando uma média de três pessoas por domicílio, temos um público de 15 milhões de pessoas, inferior ao da intern

Fonte: Valor

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