Susep quer fortalecer resseguro no Brasil
O mercado de resseguros brasileiro ganha suas próprias regras, anuncia o Valor. Ontem, a Susep pôs em audiência pública as normas que vão definir como o setor vai funcionar a partir de janeiro. O prazo para o envio de sugestões do mercado termina dia 16 de novembro. O mercado recebeu bem as regras, segundo especialistas consultados pelo Valor. Os elogios foram principalmente para a agilidade da Susep em elaborar as complexas normas. A principal crítica do mercado vai para o limite de retenção. Pela regra, este limite vai até 3% do patrimônio. Pelo percentual, uma companhia conseguiria reter aqui cerca de US$ 900 mil, valor muito pequeno perto das enormes apólices que chegam nas resseguradoras. As regras também acabam com as seguradoras que repassavam todo o risco para o mercado ressegurador, funcionando na prática como uma corretora. As companhias podem ceder no máximo 50% do risco, com exceção de três ramos: seguro garantia, crédito à exportação e seguro rural, que são expostos a altos riscos. As regras definem ainda os limites para as resseguradoras admitidas e eventuais. A primeira precisa ter patrimônio líquido mínimo de US$ 100 milhões e rating um nível acima do grau de investimento. A eventual precisa de US$ 150 milhões e rating três níveis acima, valores modestos para uma empresa de resseguros internacional.
Fonte: Valor
