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Seguro e papel estão entre os que mais recrutaram

O primeiro semestre de 2007 apresentou crescimento na oferta e movimentação de executivos no mercado. Segundo a DBM, consultoria especializada em gestão, o volume de cargos de gerência, diretoria e presidência aumentou cerca de 8% ao mês entre janeiro e junho, totalizando 59,68% no semestre.
O estudo coletou cerca de 20 mil vagas durante o primeiro semestre, para esse tipo de cargo, com salários acima de R$ 80 mil/ano. “Com a economia favorável, muitas empresas abriram vagas que antes estavam congeladas por redução de custos”, explica o consultor da DBM Cláudio Garcia. O bom momento também muda o perfil de algumas empresas, o que resulta em mais contratações.
“Com as mudanças econômicas, muda-se também o foco das empresas e o jeito de se trabalhar”, afirma.
Ele explica ainda que o clima propício aumenta o consumo em geral, inclusive de bens duráveis, criando oportunidades de trabalho em indústrias correlatas.
SEGMENTOS
De acordo com o especialista, o segundo semestre de 2006 frustrou muitas expectativas e isso vem sendo corrigido ao longo deste ano. “Esperava-se alto crescimento; as companhias investiram, mas pouca coisa aconteceu”, diz.
Agora, setores como o da construção civil e o de tecnologia da informação, principalmente serviços e outsourcing, começam a mostrar resultados positivos.
Segundo a pesquisa da DBM, as áreas de serviços e seguros, telecomunicações, cosméticos e papel estão entre as que mais buscaram executivos na primeira metade do ano. Outros segmentos como alimentos, saúde e energia também apresentaram boa demanda.
MERCADO ABERTO
Outro ponto relevante do estudo é a maior demanda por executivos e profissionais para a área administrativo-financeira. Chefe de finanças (CFO), controllers e outros que cuidam da relação com investidores estão valorizados no mercado.
A explicação, segundo Garcia, é um aumento dos processos de IPO (Initial Public Offering), no qual a empresa abre seu capital e passa a vender ações na bolsa de valores. “Esses profissionais ajudam a empresa a ser mais transparente e a preparam para a entrada no mercado financeiro.”
A expectativa para o segundo semestre é a de que os setores já citados continuem crescendo, mas outros como o sucroalcooleiro e varejo também deverão mostrar força.
FRACO MOVIMENTO
De qualquer maneira, fazer um prognóstico seria mera especulação, segundo Garcia: “Estamos vulneráveis a questões externas. Boa parte das contratações são feitas por multinacionais e, ao sinal de qualquer crise, países em desenvolvimento como o Brasil são os mais prejudicados.”
O diretor-presidente da Laerte Cordeiro Consultores, Laerte Cordeiro, concorda, mas ressalta que, com um momento econômico tão favorável como o que vivemos hoje, os números ainda estão bem aquém do esperado. “Esse foi um semestre fraco para contratações, se compararmos com o mesmo período de 2006. Foram poucos os segmentos com aumento expressivo nesse sentido”, afirma.
Cordeiro, que faz pesquisas mensais sobre ofertas e vagas para executivos, afirma que, na comparação, o segundo semestre também não começou muito bem: no mês de julho, houve queda de 35% em relação ao mesmo mês no ano passado.
Entretanto, o especialista diz que pode haver crescimento de ofertas entre agosto e novembro. “As condições continuam favoráveis. Esperamos que no balanço geral 2007 feche com números mais atraentes”.

Fonte: O Estado de São Paulo

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