Acordo final sobre World Trade Center fica em US$ 2 bilhões
da France Presse, em Nova York
As seguradoras chegaram a um acordo de mais US$ 2 bilhões nas ações em decorrência da destruição das Torres Gêmeas do World Trade Center, anunciou nesta quarta-feira o governador do estado de Nova York, Eliot Spitzer, ao final de uma disputa de mais de cinco anos.
O acordo com sete seguradoras, que elimina os últimos obstáculos para as obras de reconstrução após os atentados do 11 de Setembro, atendeu a todas as demandas pendentes do detentor do arrendamento imobiliário na época, Larry Silverstein.
“As reivindicações eram a última barreira para a reconstrução e foram objeto de árduas e intensas disputas”, disse Spitzer, em um comunicado. Silverstein, que alugou o complexo do sul de Manhattan exatamente dois meses antes dos atentados, já recebeu mais de US$ 2 bilhões das seguradoras, que se somarão aos outros US$ 2 bilhões acertados hoje.
Seguro dobrado
O promotor entrou com uma ação em 2004, questionando o teto de US$ 3,5 bilhões estipulado por sua apólice. No processo, ele alegou que, como foram dois aviões que se chocaram contra as Torres Gêmeas, tinha direito a receber em dobro.
No mesmo ano, uma corte determinou que Silverstein não poderia receber mais de US$ 4,6 bilhões. Ainda assim, algumas seguradoras se negaram a pagar, rejeitando o argumento de que os ataques foram separados. Uma sentença posterior as obrigou, porém, a aceitar esta premissa.
Silverstein e a autoridade portuária de Nova York e Nova Jersey, dona do terreno, planejam reconstruir no local da tragédia a chamada Torre da Liberdade, um arranha-céu de 541 metros.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, comemorou o anúncio de hoje e disse que ajudará na reconstrução em torno do distrito financeiro no sul de Manhattan. “O anúncio de hoje constitui outro passo adiante em nossos esforços para que o desenvolvimento completo da área do World Trade Center ocorra o quanto antes”, comentou Bloomberg, em uma nota.
As sete seguradoras envolvidas no acordo são Travelers Companies, Zurich American, Swiss Re, Employers Insurance Company de Wausau, Allianz, Industrial Risk Insurers e Royal Indemnity Company.
Fonte: Folha de São Paulo