Crise abre janela para táxi aéreo
SÃO PAULO, 4 de abril de 2007 – Se por um lado a crise aérea atrapalha muitos negócios, por outro ela se transforma em oportunidade. Executivos que não podem adiar seus compromissos encontram no táxi aéreo uma boa alternativa de locomoção. Pelo menos, essa é a aposta da Alliance Jet, empresa de táxi aéreo que opera no segmento desde outubro de 2006.
Para atender a esse filão exigente e sem tempo a perder, a Alliance adquiriu em fevereiro o Falcon 2000EX Easy, por US$ 28 milhões, o primeiro jato desse modelo a ser usado como táxi aéreo no País. A aeronave tem capacidade para oito passageiros e uma cabine mais larga do que a dos jatos convencionais. É também intercontinental, com autonomia de 3.800 milhas, ou seja, consegue voar oitos horas sem interrupção. O novo modelo, fabricado pela francesa Dassault e montado nos Estados Unidos, será agregado à frota de três aeronaves – Citation 10, Cessna CJ 2 e o helicóptero Bell 430.
A empresa quer aumentar sua participação no segmento de 25 a 30 horas mês/vôo para 50 a 60 hora mês/vôo. A meta é audaciosa e o objetivo é atingi-la até junho. Para isso, a empresa vai investir neste ano R$ 150 milhões em equipamentos e instalações. “A Alliance veio para o mercado para ser audaciosa”, revela o coordenador de vôos, Alexandre Gonçalves dos Santos, ressaltando que a principal ação da empresa será a de “mostrar a cara”. “Hoje vários executivos já usam nossas aeronaves via intermediários. Queremos acabar com a intermediação e ir direto à fonte com preços mais em conta”, observa o executivo.
Usar esses aparelhos não é para qualquer um. Um vôo de helicóptero por um hora, por exemplo, custa cerca de R$ 7,5 mil. Já voar de jato fica em média R$ 35,00 o quilômetro. Para alavancar o uso do Falcon, a Alliance iniciou um promoção cobrando R$ 25,00 o Km para percursos superioriores a 3 mil km. (Alessandra Taraborelli – InvestNews)
Fonte: Gazeta Mercantil