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Lula usa distribuição de renda para justificar PIB

Brasília, 2 de Março de 2007 – O presidente rejeita terceiro mandato e diz que quer eleger “companheiro” como sucessor. Um dia depois do anúncio de crescimento de 2,9% da economia em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou ontem, durante café da manhã no Palácio do Planalto com jornalistas, que, ao contrário de períodos anteriores de grande expansão econômica, como na ditadura militar, hoje a riqueza produzida é distribuída. “Estamos cuidando de crescer com distribuição de renda. Não tanto quanto eu queria, mas sem mágicas.” Enfatizou que na ditadura a economia cresceu em média 10%, “mas sem distribuição”.
O presidente disse que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) e Henrique Meirelles (Banco Central) não deixarão seus cargos com a reforma ministerial, pois estão “blindados pelo sucesso”. Isso não vale para outros escalões. À noite, o Banco Central anunciou a saída do diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, alvo de pressões políticas por ser considerado muito conservador nas decisões sobre o juro básico.
Lula e Mantega adentraram a noite reunidos no Planalto. O tema do encontro não foi divulgado até o fechamento desta edição. A expectativa era de que em seguida Mantega jantaria com o presidente do BNDES, Demian Fiocca.
Lula avisou que não dará guarida aos petistas que sonham com seu terceiro mandato. “Seria brincar com a democracia. Não aceito.” Acrescentou que pretende eleger “um companheiro” para seu sucessor em 2010.
Páginas A-9 e A-10
(Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1)(Tales Faria)

Fonte: Gazeta Mercantil

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