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Modernização de gestão é solução para melhor polícia

Antes mesmo de terminarem as discussões, os participantes do seminário “Liderança para o Desenvolvimento Institucional Policial”, chegaram à conclusão que é preciso modernizar a gestão e promover a integração das polícias com a sociedade para enfrentar e diminuir os índices de violência. O seminário, promovido pelo Movimento Viva Rio, reúne até sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, 16 jovens policiais e representantes de instituições civis líderes de iniciativas bem sucedidas de reformas nas polícias da Colômbia, Chile, México, Argentina e Brasil.
O resultado do seminário vai dar origem ao documento “A polícia que queremos para a América Latina”, que será divulgado na íntegra nesta sexta-feira (10), no portal www.comunidadesegura.org, criado pelo Viva Rio. O objetivo do seminário, segundo o coordenador do Viva Rio Rubem César Fernandes é formar uma rede para a troca de experiências para enfrentar a violência.
“Os países da América Latina enfrentam basicamente os mesmos problemas. Por isso é importante essa troca de experiências”, enfatizou Rubem César, destacando a experiência da Colômbia, que nos últimos dez anos, conseguiu reduzir de 80 para 18 o número de homicídios para cada cem mil habitantes, na capital Bogotá.
A iniciativa, que envolveu o afastamento de policiais corruptos, a reformulação dos quadros, a mudança cultural de defesa dos direitos humanos e o fortalecimento das relações com a sociedade contribuíram para a diminuição da criminalidade no país. Com isto, atualmente a Polícia Nacional de Colômbia desfruta de 77% de credibilidade da sociedade.
No Brasil, a experiência de integração das polícias Civil e Militar de Minas Gerais, vem ajudando a combater o crime em Belo Horizonte. Desde que as polícias passaram a trabalhar juntas, em 2003, foram reduzidos, principalmente, os índices de homicídio.
Já no Rio, foram apresentados os projetos da Delegacia Legal e do Grupo de Policiamento em Áreas Especiais (Gepae), que trabalha uma estratégia de policiamento diferente em áreas de conflagradas, como no Morro do Cavalão e do Estado, em Niterói, na Região Metropolitana, nos morros da Formiga e Casabranca, na Tijuca, na Zona Norte, nas favelas Cantagalo, Pavão-Pavãozinho, respectivamente em Ipanema e Copacabana, na Zona Sul do Rio, e no Morro da Providência, no Centro.
Convidado do seminário nesta quinta-feira (9), o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Hudson de Aguiar, disse que “o modelo imposto para a segurança pública no país está errado” e engessado pela Constituição. Para o coronel, a integração entre as polícias é apenas um primeiro passo.
“Sou a favor de uma Polícia única. É preciso ter coragem para mudar o modelo existente, ele tem de ser repensado. Do jeito que está fragmentado, o trabalho se enfraquece. Segurança pública implica também em espaço urbano organizado para que a Polícia atue nas exceções. Com tantos camelôs, flanelinhas, mendigos, prostitutas infantil, fica difícil atuar com eficiência”, defendeu Hudson.

Fonte: G1

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