BRASIL GEROU QUASE 2 MILHÕES EMPREGOS FORMAIS EM 2005
Foram criados 1,8 milhão de empregos formais no país em 2005. Isso significa um crescimento de 5,83% em relação ao ano anterior. Os dados são do censo anual de trabalho formal, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira (27).
A renda, por sua vez, cresceu 8,09% em relação a 2004. A pesquisa apontou um aumento médio de 2,14% nos salários. O salário médio real passou de R$ 1.112,06, em dezembro de 2004, para R$ 1.135,35, no mesmo mês do ano passado.
A pesquisa serve como base para o governo definir valores do seguro desemprego e do abono salarial a que têm direito os trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos. No ano passado, 11,5 milhões de trabalhadores foram beneficiados com o abono salarial. Em 2004, foram 10 milhões.
Em 2005, o setor que mais contribuiu para a geração de empregos formais foi o de serviços, com 609,5 mil novos empregos criados, o que representa um crescimento de 6,16% em relação a 2004. A administração pública ficou em segundo lugar, com 444,1 mil empregos criados (6,25% a mais do que em 2004). O maior crescimento relativo em relação ao ano passado, no entanto, ficou com o setor da construção civil, com 11,34%, o que corresponde 126,8 mil postos de trabalho.
O estoque de emprego formal cresceu em todos os estados, com destaque para São Paulo (5,26% a mais do que no ano anterior, com 487,6 mil postos), Minas Gerais (7,79% a mais, com 259,8 mil postos) e Bahia (9,51% a mais, com 138,7 mil postos).
Sexo
De acordo com os dados do ministério, cresceram os empregos para trabalhadores de ambos os sexos que têm mais do que o ensino fundamental completo. Foram gerados 268,3 mil postos de trabalho para mulheres e 173,4 mil para homens que têm ensino superior.
Até dezembro de 2005, as mulheres ganhavam cerca de 17,9% a menos do que os homens, o que representa um ganho real de 1,8% em relação a 2004, quando elas recebiam salários 18,8% menores. Na média a remuneração feminina é inferior à masculina em todos os níveis de escolaridade. A maior diferença está na faixa de ensino superior: a mulher recebe 56,94% da remuneração do homem.
Fonte: G1