Empresas correm para se adequar a nova regra de seguro de empregado
Paulo Florêncio
As novas regras estabelecidas pela Superintendência de Seguros Provados (Susep) para os planos de seguro de vida e para as apólices emitidas e renovadas ? ou sendo novas inclusões ?, a partir de primeiro de janeiro de 2007, poderão gerar mais ônus para os funcionários e aumento de burocracia na rotina das áreas de recursos humanos.
De acordo com a Susep, para as empresas que oferecem essas modalidades de benefícios aos seus colaboradores, agora, ficará excluída do plano a cobertura de Invalidez Permanente e Total por Doença. Para substituir esse item, a partir de agora existirão duas possibilidades de coberturas: Invalidez Funcional Permanente Total por Doença ou Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença. ?Entender o que cada uma dessas duas possibilidades representa no dia-a-dia dos Recursos Humanos (RH) e as suas reais abrangências são dúvidas que ainda circulam na maior parte das empresas. Os novos critérios poderão gerar até perda de direitos de benefícios incluídos nos pacotes de seguro de vida?, explica o consultor René Bueno da Hewitt Associates Brasil.
Além das mudanças nas modalidades dos contratos, os departamentos de recursos humanos sentirão os efeitos em suas rotinas operacionais. Em alguns casos, as empresas terão aumento de burocracia. ?Será obrigatória a emissão de certificados individuais a cada período de renovação, com datas de início e término da vigência, bem como informações sobre a cláusula de divisão de lucro, quando houver esse item na apólice?, explica.[1]
Outra tarefa adicional: todos os funcionários precisarão preencher o cartão-proposta ou formulário de adesão e, no caso de alterações que resultem em ônus, dever ou redução de direitos aos segurados, a empresa precisará ter a anuência formal de três quartos do grupo segurado. ?Caso essas mudanças gerem mais ônus para os funcionários, as empresas terão de fazer um intenso trabalho de comunicação para convencer os seus colaboradores a desembolsar um dinheiro a mais?, explica.
Fonte: DCI OnLine
