Risco político
O consultor da Cooper Gay, Andrew Bickmore, especialista em riscos políticos, vem mantendo uma série de contatos com o IRB Brasil Re, seguradoras nacionais e grandes empresas, incluindo a Petrobras e a Odebrecht, para apresentar as vantagens daquele tipo de cobertura, ainda pouco utilizado no Brasil: ?essa modalidade é muito abrangente. Poderia, por exemplo, cobrir as perdas da Petrobras com a recente expropriação de parte do seu patrimônio pelo governo da Bolívia?, afirma o consultor.
Ele acrescenta que a cobertura para riscos políticos cobre também danos causados por atos terroristas, guerra civil e comoções, tais como as ações coordenadas de facções criminosas de São Paulo. Andrew Bickmore afirma ainda que essa modalidade foi criada há quase 50 anos na Europa, mas é pouco conhecida no mercado brasileiro: ?primeiro, foram empresas estatais que foram criadas para oferecer esse tipo de cobertura.
Agora, os riscos políticos já são cobertos por companhias privadas, o que garante mais agilidade e flexibilidade no atendimento ao segurado?, revela o consultor.
Ele explica que as taxas variam de país para país, ou região. A cobertura para a América Latina está, agora, mais barata do que há cinco anos, com exceção da Bolívia e Venezuela. No Brasil, o preço também caiu sensivelmente nos últimos quatro anos, após uma subida provocada pela expectativa do mercado internacional a respeito do Governo atual, antes da posse do presidente Lula.
Ele diz ainda que praticamente todas as grandes resseguradoras internacionais operam nesse segmento. A Cooperg******aposta em alguns setores econômicos: ?é o caso do álcool, que cresce de importância no mercado internacional em função da crise no setor de petróleo. Como o Brasil está na vanguarda na tecnologia de produção desse combustível, vem crescendo muito a exportação para diversos países, inclusive aqueles em que é maior o risco político, o que torna fundamental a contratação do seguro?, destaca o consultor. [5]
Andrew Bickmore observa que a diferença entre a cobertura para risco político e o seguro de crédito à exportação é que este último cobre o risco comercial e financeiro. Segundo ele, é perfeitamente possível e até recomendável conciliar as duas coberturas.
Fonte: RTJSA