Entra em vigor o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
EFE
Beirute/Jerusalém – O cessar-fogo estipulado pelo Governo de Israel e pela guerrilha xiita libanesa do Hezbollah entrou em vigor às 08h (02h em Brasília) desta segunda-feira.
O cessar-fogo, acordado pelas partes implicadas no conflito, acolhe à resolução 1701 aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU no último sábado, depois de um mês de guerra.
A medida implicará no posicionamento de uma força multinacional amparada pela ONU no sul do Líbano, onde o Governo de Beirute também deverá enviar cerca de 15 mil soldados.
Tropas israelenses começam a deixar o sul do Líbano, enquanto os refugiados libaneses voltam para a região. O regresso tem causado congestionamentos nas estradas que levam ao sul do país. Além do grande volume de carros, os automóveis têm que realizar o trajeto desviando de crateras de bombas e de pontes destruídas.
Segundo a imprensa libanesa, os ataques de Israel sobre o Líbano continuaram até minutos antes da entrada em vigor do cessar-fogo.
Após o cessar-fogo, as tropas israelenses mataram um guerrilheiro do Hezbollah que abriu fogo contra o exército. Esse foi o primeiro conflito registrado desde o início do cessar-fogo. Os ataques de Israel continuaram até 15 minutos antes do prazo de cessar-fogo.
No domingo sete soldados israelenses morreram em combates. No mesmo dia o Hezbollah disparou 250 mísseis, matando um homem e ferindo 13.
Pontos da resolução
A resolução aprovada solicita a “suspensão completa das hostilidades” e, em particular, que a milícia xiita libanesa do Hezbollah interrompa todos os seus ataques e que Israel ponha fim a todas as suas “operações militares ofensivas”.
Uma vez que se tenha alcançado o fim das hostilidades, é pedido que o Governo de Beirute e a Força Provisória da ONU no sul do país (Finul) postem conjuntamente suas forças na região fronteiriça, e paralelamente exija ao Governo de Israel que retire os dez mil efetivos que estão em território libanês.
O documento pede também o reforço das tropas da Finul, que conta atualmente com dois mil soldados, até conseguir um máximo de 15 mil efetivos, para que possa cumprir seu mandato de supervisionar a trégua. O Líbano deve enviar 15 mil soldados, e as tropas da ONU terão o mesmo número, num total de 30 mil soldados.
Israel mantém o bloqueio aéreo e marítimo do Líbano a fim de evitar que o Hezbollah receba mais armas. Tanto o Estado judeu quanto a milícia shiita afirmam ter ganhado a guerra.
Fonte: O Estado de São Paulo