Brasil supera marca de 20 horas mensais na internet residencial
Na esteira de recordes registrados nos últimos meses, internautas brasileiros com acesso doméstico passaram, em média, 20 horas e 25 minutos conectados à internet no mês de maio. Este valor faz com que o Brasil mantenha a liderança em relação a outros países também medidos pela Nielsen//NetRatings.
Grande parte deste crescimento está associada à popularização da banda larga; a queda de preços e aumento nas velocidades de conexão fez com que classes A e B passassem a optar por esta alternativa em vez do acesso discado. Dos 13,2 milhões de internautas residenciais ativos, mais de 60% têm acesso rápido à internet.
Segundo o estudo “Barômetro Cisco de Banda Larga”, elaborado pela consultoria IDC, o valor médio de conexões com velocidades entre 256 Kbps e 512 Kbps passou de
R$ 101 em 2004 para R$ 55 no ano passado.
Marcelo Coutinho, diretor-executivo do Ibope Inteligência, afirma que questões relacionadas à segurança também podem contribuir para o aumento no tempo médio de navegação. “O acesso residencial à internet está concentrado nos grandes centros urbanos, onde a violência é uma preocupação constante e há poucas alternativas públicas de lazer”, explica.
Com o resultado de maio, o Brasil se aproxima de um recorde registrado por Hong Kong, em 2003, no auge da epidemia Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa): na ocasião, os internautas daquela região navegaram 22 horas mensais em suas residências. No mês passado, os franceses registraram média de 18 horas e 45 minutos, seguida por Japão (17 horas e 29 minutos) e EUA (16 horas e 45 minutos).
Copa
A categoria que registrou maior aumento de audiência em maio foi “viagem e turismo” –15,6% sobre o mês anterior e 54% em 12 meses–, com cerca de 3 milhões de usuários únicos. Segundo o Ibope//NetRatings, responsável pelo estudo no Brasil, este crescimento está relacionado à Copa do Mundo e também à taxa de câmbio favorável ao Real.
Em maio, o número de domínios “.br” chegou a 928 mil –aumento de 20,8% nos últimos 12 meses, segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Fonte: Folha de São Paulo
