Faturamento sobe acima de 28% no 1o trimestre
Dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), sem o ramo saúde, mostram que o mercado de seguros faturou R$ 12,1 bilhões, 28,5% acima do montante contabilizado em igual intervalo de 2005. O destaque foi o plano de benefício livre, do tipo VGBL, cujas vendas voltaram a subir: 56,4% no período, ao captar R$ 3 bilhões.
Na carteira de vida, o mercado evoluiu no trimestre 16,3%, com prêmios na casa de R$ 1,5 bilhão. Já os seguros de acidentes pessoais, com receita de R$ 339,2 milhões, subiram 10,9%. Juntas, a expansão das duas carteiras foi de 15,3%. O seguro prestamista, destinado a cobrir a vida de pessoas que compram mercadorias ou bens a prazo, continuou, por sua vez, a apresentar forte expansão. O faturamento de R$ 319,1 milhões foi 54,1% superior ao do primeiro trimestre de 2005.
Vendas aquecidas foram, da mesma forma, verificadas no seguro de crédito, que, ao garantir contratos de compra e venda ou de financiamento, também está ligado ao consumo, a exemplo do prestamista. O incremento da carteira no trimestre foi de 36,4%, com receita R$ 158,2 milhões, sendo que 56,7% dos negócios foram fechados no segmento de pessoas físicas, que cresceu 35,9%, contra a alta de 37,1% no risco comercial.
O ramo de automóvel, com a cobertura de responsabilidade civil facultativa, registrou crescimento de 23% no primeiro trimestre, com receita na casa de R$ 3,3 bilhões.
Nas coberturas de transportes de mercadorias, as seguradoras alavancaram a receita em apenas 3,4%, para R$ 197,4 milhões. Desempenho pior foi verificado nos riscos operacionais, cuja receita de R$ 266,6 milhões caiu 11,9%.
Apesar do bom desempenho, os números da Susep indicam que março foi o segundo melhor mês do trimestre, suplantado por janeiro, que cresceu 42,3%, na comparação com igual mês do ano passado. A receita de março, próxima a R$ 4,1 bilhões, subiu 20,5%.
Ainda de acordo com os dados a Susep, a sinistralidade média do mercado caiu de 58%, no trimestre de 2005, para 56% nos três primeiros meses deste ano. No período, as seguradoras pagaram R$ 3,9 bilhões em indenizações, 13,3% mais que nos três meses iniciais do ano passado. A evolução dos sinistros permaneceu abaixo da observada na receita, pelo critério de prêmios ganhos, que cresceu 16,7%.
Crescimento da capitalização foi de 5,5%
O mercado de títulos de capitalização faturou R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre do ano, 5,5% a mais do que nos três primeiros meses de 2005. A receita em março, da ordem de R$ 650,3 milhões, foi 41,9% superior a do mês anterior e 14,5% acima de março do ano passado. Já as reservas técnicas do setor atingiram o patamar de R$ 10,7 bilhões no final de março, expansão de 14%.
Ao analisar o crescimento do setor no primeiro trimestre, a presidente da Comissão Técnica de Capitalização da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), Rita Batista, diz que o cenário econômico estável tem criado condições para que os consumidores formem capital a médio e longo prazos e os títulos de capitalização se tornaram uma alternativa interessante para a realização desse objetivo. Ela crê ainda que `a variedade de produtos é um dos fatores que auxilia dinamismo do setor, já que são desenhados para atingir os mais diversos públicos`.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), São Paulo gerou o equivalente a 38,2% do faturamento nacional no trimestre. O Rio de Janeiro ficou na segunda posição, com fatia de 11%, seguido de Minas Gerais, com participação de 9,3%.
Fonte: Jornal do Commercio