Pix: aumenta procura por proteção em casos de transações indevidas
Com a disseminação do Pix e o avanço dos golpes envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos, cresce também o interesse dos brasileiros por produtos de proteção relacionados a ele.
Na AXA, houve no primeiro semestre um avanço de 44% das vendas dos microsseguros, categoria que inclui, além do seguro Pix, um produto que cobre casos de roubo ou subtração de bolsas e mochilas, incluindo proteção para os itens que estiverem dentro deles.
O seguro Pix, especificamente, foi criado há cerca de cinco anos para ampliar a proteção a usuários em situações de perdas financeiras decorrentes de transações, em casos de sequestro relâmpago, coação ou extorsão. O produto passou a ser distribuído por meio de parceiros como o Banco Sofisa, que apontou um crescimento de 6% a cada mês na busca pelo seguro neste ano.
“A proteção financeira precisa acompanhar a evolução tecnológica dos meios de pagamento. O seguro Pix é uma resposta concreta a esse cenário, pois oferece amparo em situações que, infelizmente, têm se tornado mais frequentes. Nosso objetivo é ampliar o acesso à proteção e garantir mais tranquilidade para o consumidor nas suas transações do dia a dia”, afirma José Eduardo Maiorano, diretor de parcerias da AXA no Brasil.
Na Zurich, houve um aumento de cerca de 30% nas contratações do seguro Pix entre janeiro e agosto. O avanço foi concentrado nas vendas via bancos e varejistas, segundo Carlos Eduardo da Silva, superintendente de parcerias da seguradora. “O produto é importante para a proteção de prejuízos inesperados em situações de transações financeiras indevidas sob coação, por exemplo. O segurado pode definir o valor da importância segurada de R$ 500 a R$ 50 mil, conforme sua movimentação bancária”, explica.
Em pouco mais de quatro anos, as transferências por Pix ultrapassaram R$ 60 trilhões. A marca foi alcançada em fevereiro de 2025, de acordo com levantamento do Banco Central. Em 2024, o Pix registrou recorde de movimentação, com R$ 26,46 trilhões em transferências, cerca de cinco vezes acima do valor de 2021, primeiro ano completo de operação do sistema, quando foram movimentados R$ 5,2 trilhões.
Também no ano passado, as fraudes com Pix cresceram 80%, somando R$ 6,5 bilhões em prejuízos, segundo a autoridade monetária. No setor segurador, as coberturas vão de R$ 3 mil a R$ 50 mil, com valores mensais entre R$ 2,90 e R$ 24,99. No geral, o seguro cobre o prejuízo quando uma transação financeira indevida ocorre sob algum tipo de ameaça.
Fonte: Valor Econômico
