Setor de saúde suplementar avalia medida que amplia acesso de pacientes do SUS à rede privada
Após adesão ao edital do Ministério da Saúde e da ANS, especialistas da FenaSaúde e da Abramge analisam os impactos da medida e seu potencial para fortalecer áreas estratégicas da saúde pública.
A nova medida do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pretende converter R$750 milhões em dívidas de ressarcimento ao SUS em consultas, exames e cirurgias a partir de agosto. Com isso, pacientes da rede pública também poderão ser atendidos por planos de saúde em todo o Brasil.
Para Bruno Sobral, diretor-executivo da FenaSaúde, a proposta é recebida com entusiasmo e vista como uma solução corajosa. Segundo ele, se bem implementada, a medida poderá ampliar o acesso dos brasileiros aos serviços de excelência oferecidos pela saúde privada.
“É uma boa iniciativa para reduzir a fila de espera na atenção especializada. Os planos de saúde e hospitais privados têm uma atuação complementar ao SUS e o novo programa acentua esse caráter”, afirma Sobral.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) também se manifestou favoravelmente à portaria conjunta do Ministério da Saúde e da Advocacia-Geral da União, que autoriza operadoras de planos a oferecer atendimentos como forma de quitar dívidas com o sistema público.
De acordo com Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge, a decisão representa um avanço significativo na integração entre os sistemas público e privado no país: “É uma medida que fortalece o nosso sistema e que, acima de tudo, beneficia milhões de brasileiros que aguardam atendimento na rede pública”, destaca.
“A entidade reforça seu entendimento de que o caminho para um sistema mais sustentável e resolutivo passa, necessariamente, por parcerias colaborativas e por uma visão integrada do cuidado com o cidadão”, conclui o Órgão.
Fonte: CQCS