Mulher

Webinar da CNseg debate o poder de compra feminino

O potencial do poder de compra feminino foi o tema central do webinar “Mulheres Seguras”, realizado nesta terça-feira pela CNseg, a Confederação das Seguradoras. Moderado pelo diretor técnico da entidade, Alexandre Leal, o evento reuniu Adriana Carvalho, diretora-executiva do Instituto Consulado da Mulher; Fernanda Riezemberg, diretora de Marketing e Insights da Prudential do Brasil; Juliana Aboud, gerente-executiva de Produtos Digitais na Zurich Insurance Company; e Larissa Althoff, diretora de Parcerias Financeiras da MAG Seguros.

O webinar trouxe à tona o crescente impacto feminino no setor segurador e a necessidade de adaptação das seguradoras para atender às demandas desse público. Com um poder de compra significativo e cada vez mais conscientes da importância da proteção financeira, as mulheres representam uma fatia estratégica para o mercado de seguros, tanto como consumidoras quanto como empreendedoras no setor.

Durante o encontro, Alexandre Leal trouxe dados relevantes sobre a presença das mulheres no setor segurador. Segundo um estudo da CNseg, 84% das empresas do setor possuem programas voltados para o público feminino, e 56% do quadro de colaboradores das seguradoras é composto por mulheres. No entanto, apenas 40% das empresas têm programas estruturados para a formação de líderes femininas.

“A independência financeira passa pelo seguro. Não adianta ter tudo na planilha e não ter algo que mitigue riscos que podem impactar o orçamento financeiro”, enfatizou Leal. Para 2025, a CNseg tem na pauta um programa de diversidade com foco no fortalecimento da presença feminina na liderança das seguradoras.

Em parceria com o Instituto Consulado da Mulher, a CNseg convidou Adriana Carvalho, que destacou dados sobre o universo feminino no Brasil. Segundo ela, as mulheres representam o terceiro maior mercado consumidor do país e desempenham um papel crucial na economia. “Empresas com equidade de gênero apresentam maior retorno sobre o investimento e um EBITDA mais alto”, afirmou.

Adriana citou ainda um estudo que mostra que empresas com mais de três mulheres no conselho de administração têm um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 10,1% ao ano, enquanto aquelas sem mulheres na liderança registram apenas 7,4%. Além disso, ressaltou que os millennials têm maior probabilidade de permanecer em empresas que promovem a diversidade de gênero.

Sobre a realidade socioeconômica brasileira, a executiva trouxe números preocupantes: apenas 24% das trabalhadoras domésticas têm carteira assinada, evidenciando uma parcela significativa da população feminina desprotegida e apontando para oportunidades no setor de seguros, de acordo com estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC-IBGE).

O Papel Estratégico das Mulheres no Setor Segurador

A Prudential do Brasil, onde 57% dos colaboradores são mulheres (sendo 44% em cargos de liderança), está fortemente engajada na promoção da independência financeira feminina. Fernanda Riezemberg destacou que 80% das decisões de compra são tomadas por mulheres, inclusive no mercado segurador.

Ela reforçou a importância do seguro de vida como um instrumento de proteção para as mulheres. “A média de idade das seguradas que recebem indenização por doenças graves é 45 anos, e 40% dessas indenizações estão relacionadas ao câncer de mama”, revelou.

Desde 2019, a Prudential oferece um adicional de 50% do capital segurado em casos de diagnóstico avançado de câncer de mama, garantindo suporte financeiro às seguradas. Além disso, a executiva mencionou que 60% dos serviços de assistência, como telemedicina, psicoterapia e orientação gestacional, são utilizados por mulheres.

“A conscientização sobre proteção financeira está crescendo. Nossa carteira triplicou nos últimos anos, e 40% da nossa base de clientes são mulheres, sendo 32% solteiras, o que mostra um despertar precoce para o planejamento financeiro”, destacou Fernanda.

Juliana Aboud, da Zurich Insurance Company, ressaltou que as mulheres apresentam uma escolaridade média superior à dos homens, o que reflete diretamente em sua crescente participação na economia e no setor segurador. “As pesquisas mostram o protagonismo feminino no empreendedorismo e no comércio online. No setor de seguros, essa mudança também já é visível”, afirmou.

A executiva destacou ainda que as mulheres vivem mais e gerenciam melhor os riscos, o que influencia positivamente os preços dos seguros de vida, residência e celular. “Elas são um público estratégico para as seguradoras”, concluiu.

Na Zurich, a hiperpersonalização de produtos já é uma realidade. “A experiência do cliente como diferencial competitivo é essencial para atrair esse público”, pontuou Juliana, reforçando que a digitalização do setor abriu novas oportunidades, especialmente com a possibilidade de venda de seguros online, algo que só foi permitido no Brasil a partir de 2013.

A diretora de Parcerias Financeiras da MAG Seguros, Larissa Althoff, abordou o empreendedorismo como uma alternativa viável para as mulheres conquistarem independência financeira. “O setor de seguros oferece uma carreira sólida, com suporte das seguradoras para formação profissional. Só na MAG, mais de mil especialistas passaram por um programa de capacitação”, destacou.

A MAG vem investindo em iniciativas voltadas para o empoderamento feminino, especialmente entre mulheres de menor poder aquisitivo. O lançamento da F/Seguros, voltada para o público das favelas, exemplifica esse compromisso. “O mercado de seguros tem um papel fundamental na transformação da vida das mulheres responsáveis pelo sustento de suas famílias”, afirmou Larissa.

“No Brasil, 32% das mulheres são as únicas responsáveis pelo sustento do lar. É essencial oferecermos ferramentas para auxiliá-las nessa missão. A medida que conhecemos o perfil das pessoas diante, em todas as parcerias que temos, desde na Favela como o banco Safra, temos condições de levar produtos que são aderentes as suas necessidades e mergulhar na inclusão financeira, principalmente na equidade de gênero”, finalizou.

Fonte: Sonho Seguro

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