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Haddad diz que pode revisar alta do PIB mais uma vez

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (14) que o governo não descarta uma nova revisão das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Em setembro deste ano, o governo já havia elevado sua estimativa de crescimento de 2,5% para 3,2% em 2024, após divulgação do resultado do segundo trimestre, uma alta de 1,4%, acima do esperado pelo mercado. “Talvez a gente tenha que rever mais uma vez o PIB desse ano”, afirmou o ministro durante o evento Macrovision, promovido pelo Itaú BBA.

O ministro destacou que a atividade econômica brasileira tem surpreendido positivamente e indicou que, mesmo diante de “choques recentes” a inflação pode ficar dentro do teto da meta neste ano.

A meta de inflação de 2024 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No último resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de setembro, mostra que a inflação brasileira agora acumula alta de 4,42% em 12 meses.

Apesar do impacto que a seca histórica traz ao país nos últimos meses, o ministro acredita que a inflação está sob controle.

Também no IPCA de setembro, os preços de alimentos e energia elétrica voltaram a subir. Há também impactos residuais da tragédia do Rio Grande do Sul e das condições climáticas nas safras de alguns produtos. “Mesmo com esses ataques todos, estamos discutindo se a inflação vai ficar dentro do teto da meta ou não. Ou seja, há alguma perspectiva de a inflação ficar dentro do teto”, afirmou, reforçando que ainda há impactos pela reoneração do diesel no Brasil, que voltou a valer no começo deste ano. “Mas vamos combinar que a inflação do diesel desse ano é de 2022, que foi maquiada no curso do processo eleitoral”, acrescentou o ministro.

Haddad ainda defendeu a estrutura do arcabouço fiscal e disse que “a partir do momento que o mercado […] perceber a consistência do arcabouço”, as expectativas de inflação devem “voltar a se alinhar com o que a economia real está demonstrando.”  

Fonte: NULL

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