Seguradoras do Sandbox alcançam resultados expressivos
Dados oficiais da Susep indicam que as 32 seguradoras participantes do Sandbox Regulatório emitiram desde a primeira edição do programa, em 2020, até abril deste ano, R$ 145,8 milhões em diversos ramos, sendo os mais expressivos de automóvel, celular, notebooks, tablets, câmeras e outros aparelhos eletrônicos, assistência e outras coberturas Auto, RCF-Auto e acidentes pessoais.
A autarquia revela que a receita teve um crescimento constante. Considerando apenas os quatro primeiros meses de 2024, já foram emitidos R$ 27,1 milhões, o equivalente a quase 60% dos prêmios emitidos em todo o ano passado (R$ 46 milhões).
Segundo a diretora da Susep, Júlia Normande Lins, esses números indicam o sucesso e a confiança no programa. Esse cenário é um sinal positivo tanto para as empresas participantes quanto para o setor segurador como um todo, impulsionando a inovação e a competitividade, afirma Júlia Lins, em comunicado divulgado pela Susep.
A autarquia publicou, nesta terça-feira (16), o edital da 3ª edição do Sandbox Regulatório, que incorpora muitas sugestões das próprias empresas que participaram de edições anteriores.
A Susep passará a receber propostas de forma contínua, tendo em vista que, diferentemente dos editais anteriores, este ficará aberto por prazo indeterminado.
As empresas que tiverem seus projetos aprovados poderão atuar neste ambiente experimental, dentro das regras do edital, pelo prazo máximo de 36 meses. Além disso, caso haja interesse, poderão, ainda, solicitar, dentro deste mesmo prazo, sua autorização definitiva para atuar no mercado de seguros, desde que cumpram com as regras gerais de autorização.
A grande novidade é a priorização que será dada a projetos voltados à transformação ecológica e à inovação tecnológica.
De acordo com a Susep, a preferência por projetos sustentáveis está em linha com o Plano de Transformação Ecológica do Governo Federal, que tem como objetivo reconfigurar os paradigmas econômicos tradicionais, privilegiando o desenvolvimento nacional a partir de relações sustentáveis com a natureza e seus biomas, possibilitando a geração de riqueza e sua distribuição justa, com melhoria na qualidade de vida das gerações presentes e futuras.
Além disso, projetos que envolvam inovação tecnológica também terão preferência, de modo a ampliar o acesso da sociedade a produtos e serviços vinculados à criação e utilização de novas tecnologias que sejam adequadas às necessidades dos consumidores. Segundo o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, há uma relação direta entre inovação tecnológica e desenvolvimento econômico. O Brasil está num momento oportuno para viabilizar a criação e aprimoramento de tecnologias voltadas para o bem-estar social, internalizando centros decisórios e construindo um sistema de inovação com sentido distributivo, assinala Octaviani.
Outra novidade será uma possível cooperação para o financiamento de projetos das sociedades participantes do Sandbox. Neste sentido, já se encontram em andamento tratativas da Susep com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o intuito de ampliar os recursos para o desenvolvimento de novas tecnologias no âmbito do programa.
Fonte: NULL