Desemprego de longa duração é o menor para o 1º trimestre desde 2015
Dados do IBGE indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 1,9 milhão de brasileiros procuravam trabalho há mais de dois anos. Mas o indicador agrega trabalhadores com pouca capacitação, que ficam fragilizados quando o mercado de trabalho começa a arrefecer.
Com a melhora do mercado de trabalho nos últimos três anos, o número de trabalhadores que busca emprego há mais de dois anos caiu ao menor patamar para um 1º trimestre em nove anos.
Dados divulgados na sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram que a chamada “taxa de desemprego de longa duração” ficou em 22,2% no primeiro trimestre deste ano, com 1,9 milhão de pessoas desocupadas há dois anos ou mais. Esse número é 6,1% maior do que o observado no trimestre imediatamente anterior, mas representa uma queda de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023.
No primeiro trimestre de 2015, eram cerca de 1,4 milhão de desocupados há mais de dois anos. Em geral, o trabalhador que fica mais tempo sem trabalhar tem baixa qualificação, seja pela falta de experiências profissionais ou de formação acadêmica. É uma camada mais vulnerável, que dificilmente consegue aplicar e ser escolhido para vagas melhores, de remuneração mais alta.
Por isso, esse recuo é uma mostra de força do mercado de trabalho brasileiro desde o impacto da pandemia de Covid.
Por outro lado, especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que a desaceleração econômica prevista para este ano e, agora, a perspectiva de juros mais altos do que o esperado devem reduzir essa onda positiva.
A recomendação dos analistas é que o segmento procure investir em estudo e qualificação, para enfrentar um cenário de mudanças que deve se estabelecer nos próximos anos.
Fonte: NULL