G20: VP da Fenacor apresenta sugestão sobre tema relevante
Em entrevista para a Revista Plurale, o vice-presidente de Comunicação da Fenacor, Carlos Valle, sugeriu que, na área de construção civil, haja a possibilidade de ajuste na concessão do habite-se de qualquer tipo de obra para evitar que essa autorização seja ad eternum e não acompanhe as transformações contemporâneas nas áreas de gestão ambiental e de sustentabilidade, principalmente em relação à prevenção de riscos. A seguradora, como responsável financeira pelo patrimônio segurado, é a maior interessada e mais competente para avaliá-lo, servindo-se da inspeção prévia para acatar ou sugerir adequações para que sejam evitados riscos tanto para o próprio bem segurado quanto para terceiros, argumenta Valle.
De acordo com o texto da reportagem, a sugestão dada pelo vice-presidente de Comunicação da Fenacor vai ao encontro de temas que serão debatidos na reunião do G20, que será realizada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, e reflete também a preocupação apresentada pelo Relatório de Status Global para Edifícios e Construção, publicado pela Aliança Global para Edifícios e Construção (GlobalABC) e organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
De acordo com a mais recente versão do relatório, os edifícios foram responsáveis por 34% da demanda global de energia e 37% das emissões de dióxido de carbono (CO2). Além disso, a construção civil contribui significativamente para as mudanças climáticas globais, representando cerca de 21% das emissões mundiais de gases de efeito estufa (GEE). Em 2021, as emissões de CO2 dos edifícios atingiram um recorde histórico de cerca de 10 GtCO2, um aumento de 5% em relação a 2020, informa a matéria, acrescentando que, para o PNUMA, o setor de construção civil não está no caminho certo para alcançar a descarbonização até 2050.
E a lacuna entre o desempenho climático real do setor e a via de descarbonização está aumentando.
Para Carlos Valle, algumas medidas simples podem ampliar a colaboração do seguro para mitigar emissões de GEE em edifícios, como a realização de parcerias com administradoras de condomínios, associações de polos industriais e centros de distribuição, no sentido de esclarecer sobre a importância de boas práticas e da utilização de novas tecnologias que reduzem impactos climáticos e de efeito estufa, como energias renováveis, por exemplo.
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