Senado debate assédio e saúde mental de mulheres policiais
A saúde mental das mulheres profissionais da segurança pública e o impacto do assédio nos altos índices de suicídio nessa categoria serão debatidos pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (20).
O debate, requerido pela senadora Leila Barros (PDT-DF), começou às 14 horas. No requerimento para a audiência, a senadora citou os debates ocorridos no Congresso Internacional das Mulheres Policiais (CIMP). O evento apontou que a falta de diálogo aberto sobre assédio e suicídio e a insuficiência de dados sobre o tema prejudicam a gestão psicológica e dificultam a divisão de responsabilidades entre os envolvidos.
Ainda de acordo com Leila Barros, estudos apontam para a larga incidência de estresse, depressão, ansiedade e burnout, dentre outros males resultantes da violência psicológica a que são submetidas as mulheres da área. Como exemplo, ela citou o caso da policial Rafaela Drumond, de Minas Gerais, que após sofrer assédio moral e sexual, deu fim à própria vida em 2023. É urgente discutirmos o problema com especialistas, a fim de propor soluções mais efetivas para combater o assédio e o suicídio. Precisamos preservar essas profissionais do desgaste emocional e mental ao longo da carreira, disse a senadora no pedido para o debate.
Confirmaram presença na audiência a professora Ana Magnolia Bezerra Mendes, da Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília; o fundador do Instituto Rafaela Drumond, Aldair Divino Drumond; e a diretora de Direitos Humanos e Políticas Sociais da Federação Nacional dosPoliciais Rodoviários Federais (FENAPRF), Martha Maria dos Santos.
Também foram convidados representantes dos ministérios da Justiçae Segurança Pública, da Saúde e das Mulheres.
Fonte: NULL