Banco Central não acelerou o corte de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (31) mais um corte na taxa básica de juros. A Selic recuou de 11,75% para 11,25% ao ano, na quinta queda consecutiva. A redução de 0,5 ponto percentual não foi novidade para os economistas do mercado financeiro.
Desde agosto do ano passado, quando iniciou o ciclo de cortes de juros, o BC tem sido cauteloso e reduzido a Selic sem acelerar o ritmo, com cortes constantes.
As atenções estavam, mais uma vez, no tom do comunicado.
O BC também tem sinalizado constantemente a importância de uma inflação mais controlada e de menos incertezas no quadro fiscal para a redução das taxas básicas do país.
Com o governo sinalizando estar empenhado em buscar alternativas para aumentar a arrecadação e com uma inflação que conseguiu encerrar o ano passado dentro da meta pela primeira vez desde 2020, era possível esperar que o ritmo de redução dos juros aumentasse. Mas não.
Para o BC, a decisão desta quarta-feira considerou que o processo de desinflação continuou a evoluir no país, que a atividade econômica brasileira segue consistente com o cenário de desaceleração antecipado pelo Copom e que o ambiente externo continua a “exigir cautela por parte dos países emergentes”.
Assim, o Copom voltou a reforçar que novos cortes da Selic devem vir na mesma magnitude nas próximas reuniões, destacando que “esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.”
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